2016 quebra recorde de ano mais quente da história pela terceira vez seguida
POR JOÃO PINHEIRO
Pela terceira vez seguida, temperatura média anual bate recorde e 2016 se torna o ano mais quente da história desde que as medições começaram. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira por cientistas americanos da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA).
A temperatura média do ano passado foi 0,94 °C acima da média do século 20. Em relação ao ano de 2015, o aumento foi de 0,04 °C, suficiente para superar o recorde anterior. Os maiores aumentos foram registrados em regiões da Índia, Kuwait, Irã, Indonésia e América Central. No Brasil, os destaques ficam com áreas do Norte e Nordeste. Relatório ainda informa que os oito primeiros meses de 2016 tiveram seus recordes de temperatura média quebrados.
Picos incomuns de temperatura foram registrados em Phalodi (Índia), onde os termômetros alcançaram 51 °C no dia 19 de maio. Em 22 de julho, Dehloran (Irã) chegou aos 53 °C, novo recorde daquele país. Mitribah (Kuwait) alcançou a maior temperatura já registrada na Ásia, 54 °C.
Além do aumento da temperatura, a NOAA destaca o derretimento das geleiras do Ártico, cada vez mais rápido e intenso. Em 2016, a camada de gelo chegou às menores dimensões já registradas em ambos os períodos de maior e menor extensão.
De acordo com o documento divulgado pelos cientistas, “a temperatura média global da superfície terrestre em 2016 fechou como a maior desde que a medição começou, em 1880”.
Uma análise separada feita pela NASA chegou à mesma conclusão de que o ano passado foi o mais quente da história. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou que as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono e metano, principais gases causadores do efeito estufa, também atingiram níveis recorde em 2016.
O secretário geral da OMM, Petteri Taalas, reafirmou os dados apresentados pelas agências. “2016 foi um ano extremo para o clima global e figura como o mais quente da história”, disse Taalas.
A principal razão apontada para esse aumento de temperatura foi o crescimento da queima de combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural, que liberam dióxido de carbono, metano e outros gases poluentes causadores do efeito estufa na atmosfera.
A constante industrialização ao redor do planeta tem mostrado seus efeitos. “Desde o início do século 21, o recorde da temperatura anual global foi quebrado cinco vezes (2005, 2010, 2014, 2015 e 2016)”, informou o relatório da NOAA.
Outro fator que contribuiu para o aumento da temperatura média foi o El Niño, que causa a elevação da temperatura das águas do Oceano Pacífico. Segundo os cientistas, o fenômeno intensifica o aumento das médias climáticas.
Entretanto, de acordo com Peter Scott, diretor interino do UK Met Office Hardley Center, o El Niño é responsável por uma fração muito pequena do aquecimento global. “A principal causa do aquecimento nos últimos 150 anos é a influência humana no clima, a partir do aumento na liberação de gases estufa na atmosfera”, afirmou.
Piers Forster, diretor do Centro Climático Internacional Priestley da Universidade de Leeds, concorda com Scott. “Mesmo que se exclua o aquecimento decorrente do El Niño, 2016 foi o ano mais quente já registrado”. Forster diz, ainda, que “2017 provavelmente será mais frio. Mas, a não ser que haja uma grande erupção vulcânica, eu imagino que o recorde será quebrado novamente em alguns anos”.
COM INFORMAÇÕES DE: PHYS.ORG
Pela terceira vez seguida, temperatura média anual bate recorde e 2016 se torna o ano mais quente da história desde que as medições começaram. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira por cientistas americanos da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA).
A temperatura média do ano passado foi 0,94 °C acima da média do século 20. Em relação ao ano de 2015, o aumento foi de 0,04 °C, suficiente para superar o recorde anterior. Os maiores aumentos foram registrados em regiões da Índia, Kuwait, Irã, Indonésia e América Central. No Brasil, os destaques ficam com áreas do Norte e Nordeste. Relatório ainda informa que os oito primeiros meses de 2016 tiveram seus recordes de temperatura média quebrados.
Picos incomuns de temperatura foram registrados em Phalodi (Índia), onde os termômetros alcançaram 51 °C no dia 19 de maio. Em 22 de julho, Dehloran (Irã) chegou aos 53 °C, novo recorde daquele país. Mitribah (Kuwait) alcançou a maior temperatura já registrada na Ásia, 54 °C.
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| Fonte: NOAA | Arte: Curioso e Cia. |
De acordo com o documento divulgado pelos cientistas, “a temperatura média global da superfície terrestre em 2016 fechou como a maior desde que a medição começou, em 1880”.
Uma análise separada feita pela NASA chegou à mesma conclusão de que o ano passado foi o mais quente da história. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou que as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono e metano, principais gases causadores do efeito estufa, também atingiram níveis recorde em 2016.
O secretário geral da OMM, Petteri Taalas, reafirmou os dados apresentados pelas agências. “2016 foi um ano extremo para o clima global e figura como o mais quente da história”, disse Taalas.
Causas do aumento
A principal razão apontada para esse aumento de temperatura foi o crescimento da queima de combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural, que liberam dióxido de carbono, metano e outros gases poluentes causadores do efeito estufa na atmosfera.
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| Fonte: NOAA | Arte: Curioso e Cia. |
Outro fator que contribuiu para o aumento da temperatura média foi o El Niño, que causa a elevação da temperatura das águas do Oceano Pacífico. Segundo os cientistas, o fenômeno intensifica o aumento das médias climáticas.
Entretanto, de acordo com Peter Scott, diretor interino do UK Met Office Hardley Center, o El Niño é responsável por uma fração muito pequena do aquecimento global. “A principal causa do aquecimento nos últimos 150 anos é a influência humana no clima, a partir do aumento na liberação de gases estufa na atmosfera”, afirmou.
Piers Forster, diretor do Centro Climático Internacional Priestley da Universidade de Leeds, concorda com Scott. “Mesmo que se exclua o aquecimento decorrente do El Niño, 2016 foi o ano mais quente já registrado”. Forster diz, ainda, que “2017 provavelmente será mais frio. Mas, a não ser que haja uma grande erupção vulcânica, eu imagino que o recorde será quebrado novamente em alguns anos”.
COM INFORMAÇÕES DE: PHYS.ORG
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