Quem foi Tiradentes?
João Pinheiro + fontes
Hoje é dia 21 de abril, data em que se lembra a morte de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, um dos líderes da Inconfidência Mineira. Você sabe ou se lembra quem ele foi? Veja abaixo.
Em 2013, já fizemos um post falando sobre a vida e legado de Tiradentes. Hoje trazemos um pouco mais dessa história do Brasil. Confira nosso antigo post:
Segundo o escritor francês Balzac, há duas histórias: a Oficial, que é mentirosa e a Verdadeira, que é secreta. Com a abertura democrática de nosso país, cada vez mais vamos sabendo de coisas que são diferentes daquelas aprendidas na escola. Uma delas é a respeito de Tiradentes. Tiradentes não usava nem barba e nem bigode. Esta imitação de Cristo, foi feita há tempos e sacramentada através da Lei Federal 4897 de 1966 pelo presidente Castelo Branco, quando foi definido a imagem com barba e cabelos longos de Tiradentes.
Poucos sabem que Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, era maçom, bem como quase a totalidade dos líderes do movimento de independência. O movimento de independência tinha como
caráter principal três províncias do Brasil, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, sendo que o resto do país deveria acompanhar as três províncias citadas.
A Inconfidência Mineira começou em Vila Rica, que era a cidade mais rica de Minas Gerais, tendo uma vida praticamente européia com orquestras, teatros e grupos literários.
O que houve foi que as minas de ouro em Vila Rica esgotaram-se e os mineiros não tinham mais como pagar o quinto de imposto. Para piorar, como o ouro estava diminuindo, Portugal estabeleceu uma cota fixa para Vila Rica, devendo ser arrecadado de qualquer maneira 1.500 kg de ouro por ano, não importando a quantidade de produção.
O delator Joaquim Silvério dos Reis sofreu um atentado no Rio de Janeiro e foi perseguido em Minas Gerais. Foi para Portugal, onde foi homenageado e recebeu alta condecoração do governo português, ganhando também uma pensão mensal de 200 mil reis e teve uma vida muito boa. Acompanhou D. João VI quando a família real veio para o Brasil e quando retornou para Portugal.
Tiradentes foi preso em 1789, justamente o ano em que se deu a Revolução Francesa e quando praticamente nascia a maçonaria no Brasil. Tiradentes usava como desculpa para ir ao Rio de Janeiro, fazer um plano de “puxar água potável” para a cidade.
O enforcamento de Tiradentes se deu em 1792 no Rio de Janeiro, só que foi tramado que os inconfidentes seriam exilados e que toda a culpa seria somente de Tiradentes, que seria o bode expiatório.
A armação foi bem feita e Tiradentes foi substituído por um ator de circo, o Sr. Renzo Orsini, que resolveu fazer o seu último papel, isto é, ser enforcado no lugar de Tiradentes.
Tiradentes depois foi para Portugal, voltando depois ao Brasil e viveu até 1818 quando reinava no Brasil D. João VI, o qual lhe dava uma pensão. O historiador Assis Brasil cita que Machado de Assis escreveu que Tiradentes morreu de um antraz [bacilo infeccioso que produz pústula maligna] e morava no Rio de Janeiro, na antiga Rua dos Latoeiros, que ficava entre a Rua do Ouvidor e Rosário, em uma loja de barbeiro, sendo que Tiradentes era dentista e sangrador [uso antigo de sanguessugas e sangramento], cuja abertura de negócio se deu em 1810 a conselho do próprio D. João VI.
Com o malogro da conspiração dos mineiros a maçonaria brasileira, muito sabiamente ficou quieta até melhor oportunidade, reaparecendo na Revolução Pernambucana de 1817 e que também fracassou. Novamente em 1822, a mesma proporcionou a Independência do Brasil.
Hoje é dia 21 de abril, data em que se lembra a morte de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, um dos líderes da Inconfidência Mineira. Você sabe ou se lembra quem ele foi? Veja abaixo.
“Hoje é um dia de comemoração histórica para o Brasil. Em 21 de abril, é comemorado o Dia de Tiradentes. A vontade de se separar de Portugal fez com que os mineiros recebessem ordens de prisão aos revoltosos. Para evitar que fossem presos, Tiradentes assumiu a responsabilidade pelo movimento e foi condenado à morte. Veja mais”... [na íntegra]
Vida de Tiradentes
Antes mesmo de frequentar a escola, já havia aprendido a ler e escrever com a mãe. Órfão de mãe e pai desde a juventude, ficou sob a tutela de um tio até a maioridade, quando resolveu conhecer o Brasil. Já adulto, foi tropeiro, mascate e dentista [daí o apelido]. Trabalhou em mineração e tentou a carreira militar, chegando ao posto de alferes no Regimento de Cavalaria Regular.
Foi na tropa que Tiradentes entrou em contato com as ideias iluministas, que o entusiasmaram e inspirariam a Inconfidência Mineira, a primeira revolta no Brasil Colônia a manifestar claramente sua intenção de romper laços com Portugal, marcando o início do processo de emancipação política do Brasil.
A revolta foi motivada ainda pela decisão da coroa de cobrar a derrama, uma dívida em atraso. A conspiração foi delatada por Joaquim Silvério dos Reis e todos os seus participantes foram presos.
Sobre Tiradentes, recaiu a responsabilidade total pelo movimento, sendo o único conspirador condenado à morte. Enforcado em 21 de abril de 1792, teve seu corpo esquartejado. Seus membros foram espalhados pelo caminho que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. Sua cabeça foi exposta em Vila Rica.
Com a morte de Tiradentes, o Estado português queria demonstrar uma punição exemplar para desencorajar qualquer revolta contra o regime colonial. Tiradentes tornou-se mártir da Independência e da República.
A revolta foi motivada ainda pela decisão da coroa de cobrar a derrama, uma dívida em atraso. A conspiração foi delatada por Joaquim Silvério dos Reis e todos os seus participantes foram presos.
Sobre Tiradentes, recaiu a responsabilidade total pelo movimento, sendo o único conspirador condenado à morte. Enforcado em 21 de abril de 1792, teve seu corpo esquartejado. Seus membros foram espalhados pelo caminho que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. Sua cabeça foi exposta em Vila Rica.
Com a morte de Tiradentes, o Estado português queria demonstrar uma punição exemplar para desencorajar qualquer revolta contra o regime colonial. Tiradentes tornou-se mártir da Independência e da República.
Controvérsias
Poucos sabem que Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, era maçom, bem como quase a totalidade dos líderes do movimento de independência. O movimento de independência tinha como
caráter principal três províncias do Brasil, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, sendo que o resto do país deveria acompanhar as três províncias citadas.
A Inconfidência Mineira começou em Vila Rica, que era a cidade mais rica de Minas Gerais, tendo uma vida praticamente européia com orquestras, teatros e grupos literários.
Em 1756 houve um grande terremoto em Portugal que destruiu quase que toda a cidade de Lisboa. E quem arcou com os custos foi o Brasil, pois Marquês de Pombal impôs uma cobrança, o quinto, sobre o ouro de 1/5 [daí o nome] sobre o peso do mesmo que deveria ser mandado a Portugal por um prazo de 10 anos consecutivos. Como sempre no Brasil, tudo que é definitivo é provisório e o que é provisório é definitivo. Assim a cobrança do ouro durou 60 anos.
O que houve foi que as minas de ouro em Vila Rica esgotaram-se e os mineiros não tinham mais como pagar o quinto de imposto. Para piorar, como o ouro estava diminuindo, Portugal estabeleceu uma cota fixa para Vila Rica, devendo ser arrecadado de qualquer maneira 1.500 kg de ouro por ano, não importando a quantidade de produção.
Na verdade, ninguém sabe quem foi o verdadeiro líder da revolução, mas não há dúvida que foi um movimento maçônico que lutava pela independência do Brasil, contando com homens como o Coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, o engenheiro químico Dr. José Alvares Maciel, o poeta e coronel Inácio José de Alvarenga Peixoto, o poeta e magistrado Tomaz Antônio Gonzaga [autor das Cartas Chilenas e do poema Marília de Dirceu] e outros.
O delator Joaquim Silvério dos Reis sofreu um atentado no Rio de Janeiro e foi perseguido em Minas Gerais. Foi para Portugal, onde foi homenageado e recebeu alta condecoração do governo português, ganhando também uma pensão mensal de 200 mil reis e teve uma vida muito boa. Acompanhou D. João VI quando a família real veio para o Brasil e quando retornou para Portugal.
Tiradentes foi preso em 1789, justamente o ano em que se deu a Revolução Francesa e quando praticamente nascia a maçonaria no Brasil. Tiradentes usava como desculpa para ir ao Rio de Janeiro, fazer um plano de “puxar água potável” para a cidade.
É quase certo que Tiradentes esteve na França, onde se encontrou com Thomas Jefferson, pedindo ajuda americana para a independência do Brasil. A bandeira dos Inconfidentes, tinha como base um triângulo, que é o símbolo base da maçonaria. A cor vermelha deste triângulo, se deve aos brasileiros que se filiaram a maçonaria na França que era de tendência republicana, enquanto que a maçonaria Portuguesa e Inglesa tinham tendências monarquistas e tinham como símbolo a cor azul.
O enforcamento de Tiradentes se deu em 1792 no Rio de Janeiro, só que foi tramado que os inconfidentes seriam exilados e que toda a culpa seria somente de Tiradentes, que seria o bode expiatório.
A armação foi bem feita e Tiradentes foi substituído por um ator de circo, o Sr. Renzo Orsini, que resolveu fazer o seu último papel, isto é, ser enforcado no lugar de Tiradentes.
Tiradentes depois foi para Portugal, voltando depois ao Brasil e viveu até 1818 quando reinava no Brasil D. João VI, o qual lhe dava uma pensão. O historiador Assis Brasil cita que Machado de Assis escreveu que Tiradentes morreu de um antraz [bacilo infeccioso que produz pústula maligna] e morava no Rio de Janeiro, na antiga Rua dos Latoeiros, que ficava entre a Rua do Ouvidor e Rosário, em uma loja de barbeiro, sendo que Tiradentes era dentista e sangrador [uso antigo de sanguessugas e sangramento], cuja abertura de negócio se deu em 1810 a conselho do próprio D. João VI.
Com o malogro da conspiração dos mineiros a maçonaria brasileira, muito sabiamente ficou quieta até melhor oportunidade, reaparecendo na Revolução Pernambucana de 1817 e que também fracassou. Novamente em 1822, a mesma proporcionou a Independência do Brasil.
“ Como se pode ver, a história Verdadeira é bem mais interessante, embora muitas vezes por comodismo optamos pela história Oficial. Porém, não temos provas suficientes para dizer se alguma delas é real ou falsa, portanto Tiradentes continua sendo um herói nacional...”
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Fonte: Brasil Escola; UOL Escola
Bibliografia: TOMAZ, Plinio. Tiradentes - a verdadeira história. Disponível em: <http://www.pliniotomaz.com.br/downloads/tiradentes.pdf>. Acesso em: 21 de abril 2014.
Bibliografia: TOMAZ, Plinio. Tiradentes - a verdadeira história. Disponível em: <http://www.pliniotomaz.com.br/downloads/tiradentes.pdf>. Acesso em: 21 de abril 2014.