Ondas sonoras poderão ajudar contra o câncer
CURIOSO.BLOG | EDIÇÃO: JOÃO PINHEIRO
Um dos males que mais assola a população é o câncer, em todas as suas formas de obtenção, como já se sabe. Para tentar combatê-lo, cientistas descobriram um novo método, utilizando ondas sonoras, o vulgo ultrassom. Veja só!
Encontrar as células cancerosas no sangue pode ser quase impossível. Apenas 1 ml de sangue contém cerca de 5 bilhões de glóbulos vermelhos, e apenas cerca de 1 a 10 células cancerosas. Mas, detectar essas células tumorais circulantes [CTCs] é fundamental para que os médicos possam determinar se alguém tem câncer, em que fase está e se o tratamento está funcionando de forma eficaz.
No futuro, os médicos esperam que, ao sequenciar os genomas dessas CTCs, eles sejam capazes de prescrever tratamentos adaptados individualmente para atingir o câncer de cada paciente. Agora, um novo dispositivo que utiliza ondas sonoras para separar as CTCs do resto do sangue pode ajudar. Os pesquisadores que trabalham com essa tecnologia publicaram seus resultados esta semana na revista PNAS.
Pesquisadores do MIT, da Universidade do Estado da Pennsylvania e da Universidade Carnegie Mellon desenvolveram uma inovação em saúde para separar células cancerígenas, expondo-as a ondas sonoras. O device produzido tem o tamanho de uma moeda e pode detectar as células extremamente raras que circulam no sangue do paciente, ajudando a prever se o tumor vai se espalhar.
Atualmente, oncologistas têm outras maneiras de separar as CTCs a partir de uma amostra de sangue. Mas, estes métodos utilizam anticorpos que se ligam diretamente às células cancerosas, o que significa que os pesquisadores precisam saber qual é o tipo de câncer antes que eles possam detectar as células.
Estes métodos também modificam os genes das CTCs, tornando mais difícil para os médicos atingirem o câncer com tratamentos precisos. Os pesquisadores esperam que este novo dispositivo possa melhorar os testes existentes por meio de ondas de ultrassom não destrutivas que separarão as células cancerosas das saudáveis.
O dispositivo consiste em dois transdutores acústicos de cada lado de um pequeno canal. Os transdutores de produção de onda são inclinados de uma forma que criam uma “onda estacionária”, que tem seções de alta e baixa pressão.
Quando os pesquisadores colocarem uma amostra de sangue no canal, a onda estacionária empurrará as células de ambos os lados do canal. Os altos e baixos da pressão acabam separando as células cancerosas das células normais, saudáveis, devido à variação de forma e de compressibilidade das CTCs.
Os pesquisadores fizeram uma experiência com uma amostra com dois tipos de CTCs de tamanhos semelhantes e verificaram que o dispositivo obteve sucesso na separação de 83% das células cancerosas.
Separar as células com som oferece uma alternativa menos agressiva que as existentes, que expõem as células a produtos químicos ou as expõem a forças mecânicas que podem trazer danos a elas.
A pressão acústica é suave. Este é o jeito menos invasivo de separar as células e não há necessidade de um marcador artificial, de acordo com Ming Dao, o pesquisador responsável pela inovação em saúde no Departamento de Ciências Materiais e Engenharia do MIT.
“Se você pode detectar estas células, é uma ótima maneira de estudar o câncer e diagnosticar se o câncer primário se moveu para um novo lugar para gerar metástase. Este método é um passo a frente para detecção de células de tumores em circulação no corpo e tem o potencial de oferecer uma ferramenta segura e efetiva para pesquisadores, médicos e pacientes”, diz Subra Suresh, presidente da Universidade Carnegie Mellon e ex-reitor de engenharia do MIT.
Os pesquisadores esperam que as versões futuras irão testar amostras ainda mais rapidamente, eventualmente trazendo o dispositivo para o mercado, ajudando no crescente campo da medicina personalizada.
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Encontrar as células cancerosas no sangue pode ser quase impossível. Apenas 1 ml de sangue contém cerca de 5 bilhões de glóbulos vermelhos, e apenas cerca de 1 a 10 células cancerosas. Mas, detectar essas células tumorais circulantes [CTCs] é fundamental para que os médicos possam determinar se alguém tem câncer, em que fase está e se o tratamento está funcionando de forma eficaz.
No futuro, os médicos esperam que, ao sequenciar os genomas dessas CTCs, eles sejam capazes de prescrever tratamentos adaptados individualmente para atingir o câncer de cada paciente. Agora, um novo dispositivo que utiliza ondas sonoras para separar as CTCs do resto do sangue pode ajudar. Os pesquisadores que trabalham com essa tecnologia publicaram seus resultados esta semana na revista PNAS.
Pesquisadores do MIT, da Universidade do Estado da Pennsylvania e da Universidade Carnegie Mellon desenvolveram uma inovação em saúde para separar células cancerígenas, expondo-as a ondas sonoras. O device produzido tem o tamanho de uma moeda e pode detectar as células extremamente raras que circulam no sangue do paciente, ajudando a prever se o tumor vai se espalhar.
Atualmente, oncologistas têm outras maneiras de separar as CTCs a partir de uma amostra de sangue. Mas, estes métodos utilizam anticorpos que se ligam diretamente às células cancerosas, o que significa que os pesquisadores precisam saber qual é o tipo de câncer antes que eles possam detectar as células.
Estes métodos também modificam os genes das CTCs, tornando mais difícil para os médicos atingirem o câncer com tratamentos precisos. Os pesquisadores esperam que este novo dispositivo possa melhorar os testes existentes por meio de ondas de ultrassom não destrutivas que separarão as células cancerosas das saudáveis.
O dispositivo consiste em dois transdutores acústicos de cada lado de um pequeno canal. Os transdutores de produção de onda são inclinados de uma forma que criam uma “onda estacionária”, que tem seções de alta e baixa pressão.
Quando os pesquisadores colocarem uma amostra de sangue no canal, a onda estacionária empurrará as células de ambos os lados do canal. Os altos e baixos da pressão acabam separando as células cancerosas das células normais, saudáveis, devido à variação de forma e de compressibilidade das CTCs.
Os pesquisadores fizeram uma experiência com uma amostra com dois tipos de CTCs de tamanhos semelhantes e verificaram que o dispositivo obteve sucesso na separação de 83% das células cancerosas.
Separar as células com som oferece uma alternativa menos agressiva que as existentes, que expõem as células a produtos químicos ou as expõem a forças mecânicas que podem trazer danos a elas.
A pressão acústica é suave. Este é o jeito menos invasivo de separar as células e não há necessidade de um marcador artificial, de acordo com Ming Dao, o pesquisador responsável pela inovação em saúde no Departamento de Ciências Materiais e Engenharia do MIT.
“Se você pode detectar estas células, é uma ótima maneira de estudar o câncer e diagnosticar se o câncer primário se moveu para um novo lugar para gerar metástase. Este método é um passo a frente para detecção de células de tumores em circulação no corpo e tem o potencial de oferecer uma ferramenta segura e efetiva para pesquisadores, médicos e pacientes”, diz Subra Suresh, presidente da Universidade Carnegie Mellon e ex-reitor de engenharia do MIT.
Os pesquisadores esperam que as versões futuras irão testar amostras ainda mais rapidamente, eventualmente trazendo o dispositivo para o mercado, ajudando no crescente campo da medicina personalizada.
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Fonte: Curioso.Blog; Saúde Business; MIT News