Nasa prevê descoberta de vida alienígena até 2025
BBC BRASIL; CURIOSO.BLOG | EDIÇÃO: JOÃO PINHEIRO
Ufólogos, chega de espera! A Nasa prevê a descoberta de vida alienígena em 2025 ou em até 10 anos mais. Prepare suas naves espaciais e veja só!
A Nasa tem certeza: nós não estamos sozinhos neste universo.
Falando em um painel público na terça-feira, em Washington D.C, os cientistas da Nasa discutiram a probabilidade de encontrar vida orgânica em nosso sistema solar. Dado o número surpreendente de oceanos que existem ao longo da nossa “casa celestial”, eles dizem que “definitivamente não é um se, é um quando”.
“Eu acredito que nós vamos ter fortes indícios de vida fora da Terra na próxima década e a prova definitiva nos próximos 10 a 20 anos”, disse Ellen Stofan, cientista-chefe da Nasa, no painel.
É claro, a agência espacial não está falando sobre xenomórficos terríveis ou seres inteligentes. Muito provavelmente, qualquer vida que a Nasa venha a encontrar dentro do nosso sistema solar será de micróbios simples, os blocos de construção essenciais para criaturas mais complexas que ainda estejam por vir.
“Nós sabemos onde procurar. Então sabemos como procurar”, disse Ellen, no debate transmitido na Nasa TV sobre a possibilidade de encontrar outros “mundos habitáveis”.
Existe muita água no Sistema Solar. É quase certo que existam oceanos de água salgada sob as conchas geladas das luas de Júpiter, Europa e Ganymede, assim como na lua de Saturno, Enceladus.
A água é mantida líquida pela gravidade intensa dos planetas gigantes onde as luas orbitam, que os deforma e contribui para o aquecimento de seus núcleos.
Acredita-se que Enceladus tenha atividade vulcânica nas profundezas de seu oceano, o que manteria a água aquecida a uma temperatura de 93°C.
Acredita-se que todas as três luas têm mais água em seus oceanos do que todos os oceanos da Terra juntos. Ainda não é possível saber se há vida lá, mas são ótimos lugares para começar a procurar.
E também há Marte, é claro. É quase certo que o planeta vermelho teve oceanos algum dia, e há evidências fotográficas sugerindo que ainda existe muita água escondida sob a superfície. Às vezes ela borbulha e forma rios temporários.
O rover Curiosity da Nasa — veículo destinado a explorar a superfície de Marte — recentemente descobriu "moléculas orgânicas que contêm carbono". Isso significaria “blocos de vida em construção”. É deles que nós somos feitos.
No entanto, água e moléculas não significam vida.
Isso é apenas a ponta do iceberg. Muitas outras luas e planetas anões podem abrigar esse precioso líquido de sustentação da vida.
Os pesquisadores da Nasa dizem que essas revelações derrubaram a ideia anterior de que, para encontrar vida, tínhamos que olhar para planetas nas “zonas habitáveis” das estrelas. Essa teoria sugere que, para que uma rocha espacial possa abrigar vida, ela precisa estar a uma determinada distância “perfeita” de um corpo quente [como a Terra é do nosso Sol]. Dessa forma, a temperatura é apenas positiva, de modo que a água possa existir no planeta em estado líquido.
Mas, na lua Europa, existe água em estado líquido, mesmo ela estando a mais de 400 milhões de quilômetros de distância da nossa estrela. Isso porque a atração gravitacional de Júpiter empurra o satélite, causando atrito e energia suficiente para aquecer o líquido sob a superfície. Assim, a água da lua pode permanecer líquida mesmo estando tão longe de uma fonte de luz.
“Nós agora reconhecemos que as zonas habitáveis não são apenas em torno de estrelas, elas podem ser em torno de planetas gigantes também”, explica o diretor de ciência planetária da Nasa, James Green. “Estamos descobrindo que o sistema solar é realmente um lugar encharcado”.
A Nasa também tem como objetivo enviar astronautas para Marte em 2030, um passo que cientistas como Ellen Stofan acreditam que será “chave” para procurar sinais de vida, já que mesmo com câmeras ultratecnológicas, encontrar fósseis usando um veículo é muito difícil — às vezes é preciso procurar embaixo da pedra, não nela em si.
“Isso é difícil de encontrar. Então eu acredito fortemente que será necessário, em algum momento, colocar humanos na superfície de Marte — geólogos, astrobiólogos, químicos — para buscar provas da existência de vida que eles possam trazer de volta para a Terra para cientistas analisarem”, conclui a cientista.
O telescópio espacial James Webb, que será lançado em 2018 e custará US$ 8,8 bilhões [R$ 26,8 bilhões], é tão poderoso que pode analisar gases na atmosfera de planetas em volta de outras estrelas, buscando sinais de vida.
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Ufólogos, chega de espera! A Nasa prevê a descoberta de vida alienígena em 2025 ou em até 10 anos mais. Prepare suas naves espaciais e veja só!
A Nasa tem certeza: nós não estamos sozinhos neste universo.
Falando em um painel público na terça-feira, em Washington D.C, os cientistas da Nasa discutiram a probabilidade de encontrar vida orgânica em nosso sistema solar. Dado o número surpreendente de oceanos que existem ao longo da nossa “casa celestial”, eles dizem que “definitivamente não é um se, é um quando”.
“Eu acredito que nós vamos ter fortes indícios de vida fora da Terra na próxima década e a prova definitiva nos próximos 10 a 20 anos”, disse Ellen Stofan, cientista-chefe da Nasa, no painel.
É claro, a agência espacial não está falando sobre xenomórficos terríveis ou seres inteligentes. Muito provavelmente, qualquer vida que a Nasa venha a encontrar dentro do nosso sistema solar será de micróbios simples, os blocos de construção essenciais para criaturas mais complexas que ainda estejam por vir.
“Nós sabemos onde procurar. Então sabemos como procurar”, disse Ellen, no debate transmitido na Nasa TV sobre a possibilidade de encontrar outros “mundos habitáveis”.
“Na maioria dos casos, nós temos a tecnologia e estamos no processo de implementá-la. Então acreditamos que estamos definitivamente no caminho certo para isso”, afirma o cientista.
Existe muita água no Sistema Solar. É quase certo que existam oceanos de água salgada sob as conchas geladas das luas de Júpiter, Europa e Ganymede, assim como na lua de Saturno, Enceladus.
A água é mantida líquida pela gravidade intensa dos planetas gigantes onde as luas orbitam, que os deforma e contribui para o aquecimento de seus núcleos.
Acredita-se que Enceladus tenha atividade vulcânica nas profundezas de seu oceano, o que manteria a água aquecida a uma temperatura de 93°C.
Acredita-se que todas as três luas têm mais água em seus oceanos do que todos os oceanos da Terra juntos. Ainda não é possível saber se há vida lá, mas são ótimos lugares para começar a procurar.
E também há Marte, é claro. É quase certo que o planeta vermelho teve oceanos algum dia, e há evidências fotográficas sugerindo que ainda existe muita água escondida sob a superfície. Às vezes ela borbulha e forma rios temporários.
O rover Curiosity da Nasa — veículo destinado a explorar a superfície de Marte — recentemente descobriu "moléculas orgânicas que contêm carbono". Isso significaria “blocos de vida em construção”. É deles que nós somos feitos.
No entanto, água e moléculas não significam vida.
Isso é apenas a ponta do iceberg. Muitas outras luas e planetas anões podem abrigar esse precioso líquido de sustentação da vida.
Os pesquisadores da Nasa dizem que essas revelações derrubaram a ideia anterior de que, para encontrar vida, tínhamos que olhar para planetas nas “zonas habitáveis” das estrelas. Essa teoria sugere que, para que uma rocha espacial possa abrigar vida, ela precisa estar a uma determinada distância “perfeita” de um corpo quente [como a Terra é do nosso Sol]. Dessa forma, a temperatura é apenas positiva, de modo que a água possa existir no planeta em estado líquido.
Mas, na lua Europa, existe água em estado líquido, mesmo ela estando a mais de 400 milhões de quilômetros de distância da nossa estrela. Isso porque a atração gravitacional de Júpiter empurra o satélite, causando atrito e energia suficiente para aquecer o líquido sob a superfície. Assim, a água da lua pode permanecer líquida mesmo estando tão longe de uma fonte de luz.
“Nós agora reconhecemos que as zonas habitáveis não são apenas em torno de estrelas, elas podem ser em torno de planetas gigantes também”, explica o diretor de ciência planetária da Nasa, James Green. “Estamos descobrindo que o sistema solar é realmente um lugar encharcado”.
A Nasa também tem como objetivo enviar astronautas para Marte em 2030, um passo que cientistas como Ellen Stofan acreditam que será “chave” para procurar sinais de vida, já que mesmo com câmeras ultratecnológicas, encontrar fósseis usando um veículo é muito difícil — às vezes é preciso procurar embaixo da pedra, não nela em si.
“Sou uma geóloga. Eu saio a campo e abro rochas para procurar por fósseis”, disse Stofan no painel.
“Isso é difícil de encontrar. Então eu acredito fortemente que será necessário, em algum momento, colocar humanos na superfície de Marte — geólogos, astrobiólogos, químicos — para buscar provas da existência de vida que eles possam trazer de volta para a Terra para cientistas analisarem”, conclui a cientista.
A Nasa também está planejando uma missão para Europa, que deverá ser lançada em 2022.
O principal objetivo dessas missões, que custarão cerca de US$ 2,1 bilhões [R$ 6,4 bilhões], é estudar se a lua congelada tem potencial habitável e, ao fazer isso, procurar também sinais de vida nas nuvens de vapor de água que aparentemente irrompem do polo sul da Europa.
O principal objetivo dessas missões, que custarão cerca de US$ 2,1 bilhões [R$ 6,4 bilhões], é estudar se a lua congelada tem potencial habitável e, ao fazer isso, procurar também sinais de vida nas nuvens de vapor de água que aparentemente irrompem do polo sul da Europa.
O telescópio espacial James Webb, que será lançado em 2018 e custará US$ 8,8 bilhões [R$ 26,8 bilhões], é tão poderoso que pode analisar gases na atmosfera de planetas em volta de outras estrelas, buscando sinais de vida.
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Fonte: BBC Brasil; Curioso.Blog; Nasa