Como a América trata seus imigrantes?
“Qurious” on Quora + fontes
O presidente Barack Obama deu como morta, nesta segunda, a reforma do sistema de imigração, a iniciativa que devia definir seu segundo e último mandato na Casa Branca. Após constatar que este ano a votação da lei na Câmara de Representantes seria negada, o democrata Obama optará pela via de decreto para reparar “no que for possível”, o sistema de imigração, conforme anunciou em comparecimento público.
A lei, além de reforçar a fronteira com o México para limitar a chegada de imigrantes, devia oferecer uma via para a regularização dos cerca de 11 milhões de pessoas sem documentos — a maioria de origem latino-americana — que agora vivem nos EUA.
Em junho de 2013 o Senado, de maioria democrata [aliados de Obama], aprovou uma versão da reforma com 68 votos a favor — entre eles os de republicanos destacados — e 32 contrários. Mas a reforma encalhou na Câmara de Representantes, de maioria republicana [opositores], e seu presidente, o porta-voz John Boehner, se negou a permitir um voto sequer.
Se a reforma sanitária foi o projeto principal do primeiro mandato de Obama, a reforma migratória devia ser o do segundo. Ambas as leis eram projetos ambiciosos destinados a definir o legado do presidente. Não foi o primeiro a tentá-lo. Seu antecessor, o republicano George W. Bush também tentou que o Senado aprovasse uma reforma — similar à de Obama — mas esta, como agora, acabou naufragando com a oposição da direita do Partido Republicano.
O Congresso formado pelas eleições legislativas de novembro começará os trabalhos em janeiro de 2016. Nenhuma sondagem diz que os democratas de Obama possam recuperar a Câmara de Representantes, a via que permitiria uma reforma nos termos nos quais deseja o presidente.
O fracasso da reforma migratória não é uma surpresa. O bloqueio sistemático do Partido Republicano na Câmara de Representantes deixava poucas dúvidas sobre a escassa viabilidade da iniciativa. Mas no último mês as coisas complicaram-se ainda mais.
A derrota nas eleições primárias do líder da maioria republicana na Câmara de Representantes, Eric Cantor, foi interpretada como um sinal de que as bases conservadoras não tolerariam a menor fraqueza de seus líderes sobre a imigração: sem ser favorável à reforma, Cantor não era um de seus críticos mais estridentes.
A onda de milhares de menores precedentes da América Central dissipou qualquer esperança de uma reforma, que abriria aos sem documentos a porta da regularização. Alguns republicanos do Congresso veem na chegada de dezenas de milhares de imigrantes uma resposta às promessas de regularização e acesso à cidadania da lei.
Para Obama, o problema atual é fruto do desajuste da atual legislação, que tolera a presença de pessoas sem documento sem permitir a elas uma plena integração no país.
A renúncia à lei de imigração representa uma derrota de Obama, convertido em um “pato manco”: na gíria política dos EUA, o presidente que, no último trecho do mandato, deixou de ter influência.
O custo para os republicanos não é imediato. Nas eleições legislativas o votante hispânico participa pouco, mas nas presidenciais seu voto pode ser decisivo. Assim ocorreu em 2012, quando Obama levou 73% dos votos dos latinos, a minoria mais importante. E isso pode voltar a ocorrer em 2016, quando for eleito o sucessor de Obama: quem tiver os latinos contra si terá mais dificuldade para ganhar.
Apesar de a Casa Branca ter advertido que os milhares de menores imigrantes que cruzaram ilegalmente a fronteira nos últimos meses acabarão sendo deportados, especialistas e membros da Administração Obama reconhecem que o sistema de imigração atual lhes permite começar uma vida nos Estados Unidos.
“É verdade que vão deportar uma criança de cinco anos?” Esta é a pergunta que pode fazer qualquer um que siga a crise que sofrem os Estados Unidos com a chegada ilegal massiva de menores desacompanhados. Esta semana o congressista republicano Peter King apresentou a questão durante uma das audiências sobre o assunto realizadas na Câmara de Representantes.
A resposta é uma complexa trama legal que implica vários departamentos do Governo federal dos Estados Unidos, um sistema de imigração obsoleto e ausência de recursos econômicos e logísticos para responder à chegada de 52.000 imigrantes sem documentos nos últimos oito meses.
A insistência de King enervou o secretário de Segurança Nacional, Jeh Johnson, encarregado de explicar ao Congresso a resposta para esta crise. O governo Obama se esforçou em reiterar a mensagem de que nenhum menor que chegue de forma ilegal ao país poderá beneficiar-se das medidas já aprovadas, como o atraso das deportações de estudantes sem documentos, ou das que estão sendo estudadas como a reforma migratória.
Para isso, Obama inclusive enviou seu vice-presidente, Joe Biden, para a Guatemala, para advertir pessoalmente os presidentes e altos representantes da região centro-americana, que é a principal fonte do inquietante fluxo migratório.
A legislação norte-americana contempla diferentes condições para os imigrantes sem documentos do México e Canadá, para onde pode devolver os imigrantes interceptados na fronteira.
Entretanto, no caso de imigrantes sem documentos de outras nações, deve iniciar um processo que começa com sua detenção durante um máximo de 72 horas em instalações da Patrulha de Fronteira — ligada ao Governo Federal — para depois serem entregues para o Escritório do Refugiado e Reassentamento.
O usuário Dan Holliday considera a situação de imigração aos EUA como mista. Se você é um imigrante latino-americano nos EUA em busca de algo melhor para a sua família do que sua situação na América Central ou do Sul, o tratamento não será bom.
Se você é do subcontinente Indiano, da Europa ou de países como a China ou o Japão, então você “vale ouro”. Nenhum grupo de imigrantes “não brancos” sai tão rapidamente da condição de imigrante recém-chegado aos subúrbios como o povo Desi [regiões como Índia, Bangladesh, Paquistão, Nepal e Sri Lanka].
Parte disso é garantido por conta de a maioria dos Desi terem o benefício de não precisar de “pequenas Délhis ou Dacas” para encontrar um ponto de entrada para integrar o país. A quase totalidade parte com conhecimento em língua inglesa muito além do inglês de imigrantes mexicanos, laosianos ou chineses. Qualquer grupo de imigrantes que não domine a língua facilmente quase sempre usa uma comunidade para se integrar à nação.
Além disso, há o fato curioso de como a distância entre Estados Unidos e o local de partida desses “filtra” os imigrantes. Conseguem apenas migrar aqueles com condições de comprar um bilhete de avião, dominar a língua inglesa e serem bastante motivados.
Por isso, os americanos veem a percepção distorcida do que é ser um indiano — para muitos, esses imigrantes são engenheiros, médicos ou técnicos da informática.
Isso não significa que não possam ocupar posições de destaque na Índia, mas sim o que basicamente qualquer cidadão norte-americano pensa ser um imigrante Desi.
Imigrar para os EUA geralmente é mais fácil do que à maioria dos países. Os EUA é uma terra de oportunidades decentes. Mas, dependendo de sua nacionalidade, a sua experiência é suscetível a alterações por conta de seu nível de escolaridade e domínio da língua inglesa.
Já Weenie Gespartan considera que os americanos tratam os imigrantes muito bem. Porém o sistema de imigração americano é arcaico, ultrapassado e necessita de séria modernização. É realmente draconiano na forma como os imigrantes são tratados em comparação com os países mais modernos.
Emilya Burd concorda com Dan: depende de quem você é, de seu nível de educação, nível de renda e o que você espera alcançar. Também depende de onde você vem. Aqueles que, provavelmente, são tratados da pior maneira, ou seja, “discriminados” são não-brancos, sem alto nível de escolaridade e baixo nível de inglês.
Em geral, os EUA tratam seus imigrantes bem. Ela acha que o termo “americano” é inclusivo: “Eu não nasci aqui, tenho um leve sotaque e todo mundo assume que eu sou uma imigrante. Pelo menos na minha experiência, o fato de que eu ser de outro lugar é uma coisa legal, e não tira o fato de que eu sou americana”.
Enquanto você quiser estar nos Estados Unidos e fizer um esforço para falar e aprender inglês, sempre haverá oportunidades, não importa quem ou o que você é.
A opinião de Alex Sergiwa contrasta com as outras. Segundo ele, infelizmente, o tratamento não é muito bom e certamente deixa de ser “não-restritivo”, como o país fez durante a sua história. O passado costumava ver a América como a terra de graça, sem aplicação de fronteiras e as restrições internas. Hoje, a América é um lugar mais restrito, semelhante a qualquer outra antiga nação.
Os cidadãos americanos visam proteger os seus interesses de forma semelhante à de nacionalistas xenófobos conservadores ou sindicalistas da Europa e de outros lugares. Agora, Vales do Silício estão sendo criados em lugares como Londres e Berlim, lugares que foram submetidos à grande abertura devido às amargas lições das Primeira e Segunda Guerras Mundiais.
Da mesma forma, os EUA são também amigos de muitos de seus ex-colonizadores e ex-inimigos, como o Reino Unido. Seguem muitas das mesmas políticas e envolvem-se em muitas das mesmas guerras excessivamente expansivas, tais como no Afeganistão.
Isso levou à estagnação americana e à oportunidade para outros países, incluindo a União Europeia recém-formada, de reduzir a diferença de competitividade e influência estratégica que a América teve.
Portanto, a América trata seus imigrantes de uma forma “não-americana”, mas, à medida que continua, o que torna a América grande acabará reconhecido como nada mais do que apenas uma idade de ouro da descoberta e da liberdade que nunca retornará. E a América não será nada mais do que uma nação xenófoba de lento crescimento.
No Brasil, recentemente, o caso das imigrações haitianas gerou controvérsias. Assim continuará sendo, não só nos EUA, como aqui também, até o momento em que uma legislação eficiente a respeito da chegada de estrangeiros entre em prática, garantindo a liberdade, os direitos e deveres desses.
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Uma questão extremamente delicada é a imigração, em especial na América. Os Estados Unidos recebem inúmeros imigrantes a cada ano, e lidar com toda a entrada de pessoas pode até ser caótico. Recentemente, medidas do presidente Obama vêm tentando alterar a legislação a respeito desses.
O texto a seguir foi retirado de respostas dos usuários do Quora para a pergunta apresentada no título, além de integrar notícias recentes sobre o tema. Como o artigo foi escrito na data de ontem (20), as novidades mais recentes não estão presentes.
O texto a seguir foi retirado de respostas dos usuários do Quora para a pergunta apresentada no título, além de integrar notícias recentes sobre o tema. Como o artigo foi escrito na data de ontem (20), as novidades mais recentes não estão presentes.
A lei, além de reforçar a fronteira com o México para limitar a chegada de imigrantes, devia oferecer uma via para a regularização dos cerca de 11 milhões de pessoas sem documentos — a maioria de origem latino-americana — que agora vivem nos EUA.
Em junho de 2013 o Senado, de maioria democrata [aliados de Obama], aprovou uma versão da reforma com 68 votos a favor — entre eles os de republicanos destacados — e 32 contrários. Mas a reforma encalhou na Câmara de Representantes, de maioria republicana [opositores], e seu presidente, o porta-voz John Boehner, se negou a permitir um voto sequer.
Se a reforma sanitária foi o projeto principal do primeiro mandato de Obama, a reforma migratória devia ser o do segundo. Ambas as leis eram projetos ambiciosos destinados a definir o legado do presidente. Não foi o primeiro a tentá-lo. Seu antecessor, o republicano George W. Bush também tentou que o Senado aprovasse uma reforma — similar à de Obama — mas esta, como agora, acabou naufragando com a oposição da direita do Partido Republicano.
“ Obama explicou em sua declaração que na semana passada Boehner o comunicou que não haverá nenhum voto para a reforma em 2014...”
O Congresso formado pelas eleições legislativas de novembro começará os trabalhos em janeiro de 2016. Nenhuma sondagem diz que os democratas de Obama possam recuperar a Câmara de Representantes, a via que permitiria uma reforma nos termos nos quais deseja o presidente.
O fracasso da reforma migratória não é uma surpresa. O bloqueio sistemático do Partido Republicano na Câmara de Representantes deixava poucas dúvidas sobre a escassa viabilidade da iniciativa. Mas no último mês as coisas complicaram-se ainda mais.
A derrota nas eleições primárias do líder da maioria republicana na Câmara de Representantes, Eric Cantor, foi interpretada como um sinal de que as bases conservadoras não tolerariam a menor fraqueza de seus líderes sobre a imigração: sem ser favorável à reforma, Cantor não era um de seus críticos mais estridentes.
A onda de milhares de menores precedentes da América Central dissipou qualquer esperança de uma reforma, que abriria aos sem documentos a porta da regularização. Alguns republicanos do Congresso veem na chegada de dezenas de milhares de imigrantes uma resposta às promessas de regularização e acesso à cidadania da lei.
Para Obama, o problema atual é fruto do desajuste da atual legislação, que tolera a presença de pessoas sem documento sem permitir a elas uma plena integração no país.
A renúncia à lei de imigração representa uma derrota de Obama, convertido em um “pato manco”: na gíria política dos EUA, o presidente que, no último trecho do mandato, deixou de ter influência.
O custo para os republicanos não é imediato. Nas eleições legislativas o votante hispânico participa pouco, mas nas presidenciais seu voto pode ser decisivo. Assim ocorreu em 2012, quando Obama levou 73% dos votos dos latinos, a minoria mais importante. E isso pode voltar a ocorrer em 2016, quando for eleito o sucessor de Obama: quem tiver os latinos contra si terá mais dificuldade para ganhar.
Imigração infantil
Apesar de a Casa Branca ter advertido que os milhares de menores imigrantes que cruzaram ilegalmente a fronteira nos últimos meses acabarão sendo deportados, especialistas e membros da Administração Obama reconhecem que o sistema de imigração atual lhes permite começar uma vida nos Estados Unidos.
“É verdade que vão deportar uma criança de cinco anos?” Esta é a pergunta que pode fazer qualquer um que siga a crise que sofrem os Estados Unidos com a chegada ilegal massiva de menores desacompanhados. Esta semana o congressista republicano Peter King apresentou a questão durante uma das audiências sobre o assunto realizadas na Câmara de Representantes.
A resposta é uma complexa trama legal que implica vários departamentos do Governo federal dos Estados Unidos, um sistema de imigração obsoleto e ausência de recursos econômicos e logísticos para responder à chegada de 52.000 imigrantes sem documentos nos últimos oito meses.
A insistência de King enervou o secretário de Segurança Nacional, Jeh Johnson, encarregado de explicar ao Congresso a resposta para esta crise. O governo Obama se esforçou em reiterar a mensagem de que nenhum menor que chegue de forma ilegal ao país poderá beneficiar-se das medidas já aprovadas, como o atraso das deportações de estudantes sem documentos, ou das que estão sendo estudadas como a reforma migratória.
Para isso, Obama inclusive enviou seu vice-presidente, Joe Biden, para a Guatemala, para advertir pessoalmente os presidentes e altos representantes da região centro-americana, que é a principal fonte do inquietante fluxo migratório.
A legislação norte-americana contempla diferentes condições para os imigrantes sem documentos do México e Canadá, para onde pode devolver os imigrantes interceptados na fronteira.
Entretanto, no caso de imigrantes sem documentos de outras nações, deve iniciar um processo que começa com sua detenção durante um máximo de 72 horas em instalações da Patrulha de Fronteira — ligada ao Governo Federal — para depois serem entregues para o Escritório do Refugiado e Reassentamento.
O tratamento segundo os americanos
O usuário Dan Holliday considera a situação de imigração aos EUA como mista. Se você é um imigrante latino-americano nos EUA em busca de algo melhor para a sua família do que sua situação na América Central ou do Sul, o tratamento não será bom.
Se você é do subcontinente Indiano, da Europa ou de países como a China ou o Japão, então você “vale ouro”. Nenhum grupo de imigrantes “não brancos” sai tão rapidamente da condição de imigrante recém-chegado aos subúrbios como o povo Desi [regiões como Índia, Bangladesh, Paquistão, Nepal e Sri Lanka].
Parte disso é garantido por conta de a maioria dos Desi terem o benefício de não precisar de “pequenas Délhis ou Dacas” para encontrar um ponto de entrada para integrar o país. A quase totalidade parte com conhecimento em língua inglesa muito além do inglês de imigrantes mexicanos, laosianos ou chineses. Qualquer grupo de imigrantes que não domine a língua facilmente quase sempre usa uma comunidade para se integrar à nação.
Além disso, há o fato curioso de como a distância entre Estados Unidos e o local de partida desses “filtra” os imigrantes. Conseguem apenas migrar aqueles com condições de comprar um bilhete de avião, dominar a língua inglesa e serem bastante motivados.
Por isso, os americanos veem a percepção distorcida do que é ser um indiano — para muitos, esses imigrantes são engenheiros, médicos ou técnicos da informática.
Isso não significa que não possam ocupar posições de destaque na Índia, mas sim o que basicamente qualquer cidadão norte-americano pensa ser um imigrante Desi.
Imigrar para os EUA geralmente é mais fácil do que à maioria dos países. Os EUA é uma terra de oportunidades decentes. Mas, dependendo de sua nacionalidade, a sua experiência é suscetível a alterações por conta de seu nível de escolaridade e domínio da língua inglesa.
Já Weenie Gespartan considera que os americanos tratam os imigrantes muito bem. Porém o sistema de imigração americano é arcaico, ultrapassado e necessita de séria modernização. É realmente draconiano na forma como os imigrantes são tratados em comparação com os países mais modernos.
Emilya Burd concorda com Dan: depende de quem você é, de seu nível de educação, nível de renda e o que você espera alcançar. Também depende de onde você vem. Aqueles que, provavelmente, são tratados da pior maneira, ou seja, “discriminados” são não-brancos, sem alto nível de escolaridade e baixo nível de inglês.
Em geral, os EUA tratam seus imigrantes bem. Ela acha que o termo “americano” é inclusivo: “Eu não nasci aqui, tenho um leve sotaque e todo mundo assume que eu sou uma imigrante. Pelo menos na minha experiência, o fato de que eu ser de outro lugar é uma coisa legal, e não tira o fato de que eu sou americana”.
Enquanto você quiser estar nos Estados Unidos e fizer um esforço para falar e aprender inglês, sempre haverá oportunidades, não importa quem ou o que você é.
A opinião de Alex Sergiwa contrasta com as outras. Segundo ele, infelizmente, o tratamento não é muito bom e certamente deixa de ser “não-restritivo”, como o país fez durante a sua história. O passado costumava ver a América como a terra de graça, sem aplicação de fronteiras e as restrições internas. Hoje, a América é um lugar mais restrito, semelhante a qualquer outra antiga nação.
Os cidadãos americanos visam proteger os seus interesses de forma semelhante à de nacionalistas xenófobos conservadores ou sindicalistas da Europa e de outros lugares. Agora, Vales do Silício estão sendo criados em lugares como Londres e Berlim, lugares que foram submetidos à grande abertura devido às amargas lições das Primeira e Segunda Guerras Mundiais.
Da mesma forma, os EUA são também amigos de muitos de seus ex-colonizadores e ex-inimigos, como o Reino Unido. Seguem muitas das mesmas políticas e envolvem-se em muitas das mesmas guerras excessivamente expansivas, tais como no Afeganistão.
Isso levou à estagnação americana e à oportunidade para outros países, incluindo a União Europeia recém-formada, de reduzir a diferença de competitividade e influência estratégica que a América teve.
Portanto, a América trata seus imigrantes de uma forma “não-americana”, mas, à medida que continua, o que torna a América grande acabará reconhecido como nada mais do que apenas uma idade de ouro da descoberta e da liberdade que nunca retornará. E a América não será nada mais do que uma nação xenófoba de lento crescimento.
No Brasil, recentemente, o caso das imigrações haitianas gerou controvérsias. Assim continuará sendo, não só nos EUA, como aqui também, até o momento em que uma legislação eficiente a respeito da chegada de estrangeiros entre em prática, garantindo a liberdade, os direitos e deveres desses.
Qual a sua opinião? Fique ligado no Curioso e Cia. Veja outros posts como esse ou sugira um outro por e-mail, por mensagens do Facebook, pelo Twitter com a hashtag #QueroVerNoCurioso ou pelo Ask.FM. Entra aí:
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Fonte: El País; Quora; “Qurious” on Quora