E se o Sol sumisse por apenas um segundo?
João Pinheiro + fontes
Pergunta estranha? Algo praticamente impossível e improvável poderia gerar consequências tão graves? Veja só como ficaria sua vida após a confusão!
Todo o pensamento depende de o que você entende por sumir. Se você quer dizer simplesmente que o Sol tornou-se “invisível”, então muito pouco irá acontecer, apenas um segundo de escuridão, assim como um eclipse, e tudo voltaria ao normal. Se, por outro lado, você quer dizer que o Sol “deixou de existir” por um momento, então ocorre algo completamente diferente, gerando consequências graves.
As órbitas de todos os planetas e outros objetos do Sistema Solar são o resultado de uma aceleração constante em direção ao Sol, sob influência da gravidade. A Terra, por exemplo, orbita o Sol a uma velocidade média de cerca de 30 km/s, dependendo da distância entre eles [como a órbita é elíptica, e não circular, a distância varia dependendo da época].
Ao retirar-se o Sol, os efeitos gravitacionais dele sobre outros objetos do Sistema Solar são anulados. Em seguida, ao invés de os corpos continuarem sua rota circular, eles passam a viajar em uma linha reta a uma velocidade constante até o momento em que a força volte a existir.
Isto pode não parecer muito, de início, contudo, como cada planeta, cometa, asteroide e grão de poeira em órbita ao redor do Sistema Solar se movem independentemente um do outro, suas trajetórias orbitais mudariam quando o Sol retornasse.
Alguns objetos iriam viajar mais perto de outros, outros estariam mais distantes. Isso resultaria em muitos objetos encontrando-se em órbitas instáveis, onde o ligeiro aumento da gravidade entre eles poderia dar-lhes um “empurrão”, que ao longo do tempo poderia ocasionar a saída deles do Sistema Solar por completo ou mudança para órbitas de outros objetos ou planetas.
Em uma escala maior, a remoção do Sol também excluiria o seu campo magnético protetor de todo o nosso sistema solar. Este campo, conhecido como heliosfera, nos protege de uma grande quantidade de radiação e partículas externas ao Sistema Solar, desviando-os para longe.
Ao remover a heliosfera por um segundo, estaríamos permitindo que essa radiação entrasse no Sistema Solar. Mesmo com a velocidade da luz, essa radiação não viajaria para longe, isso porque uma onda eletromagnética leva cerca de 8 minutos para chegar até nós a partir do Sol, e os limites exteriores da nossa heliosfera são aproximadamente 84 vezes mais distantes.
Porém, uma vez restaurado, o campo magnético do Sol seria muito menos capaz de desviar com segurança toda a radiação, fazendo com que elas cheguem com maior intensidade até a Terra. Esta radiação provocaria auroras um tanto interessantes na atmosfera, e a interação com o campo magnético da Terra poderia atrapalhar a órbita de satélites artificiais e redes elétricas, assim como fazem as erupções solares.
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Ao retirar-se o Sol, os efeitos gravitacionais dele sobre outros objetos do Sistema Solar são anulados. Em seguida, ao invés de os corpos continuarem sua rota circular, eles passam a viajar em uma linha reta a uma velocidade constante até o momento em que a força volte a existir.
Isto pode não parecer muito, de início, contudo, como cada planeta, cometa, asteroide e grão de poeira em órbita ao redor do Sistema Solar se movem independentemente um do outro, suas trajetórias orbitais mudariam quando o Sol retornasse.
Alguns objetos iriam viajar mais perto de outros, outros estariam mais distantes. Isso resultaria em muitos objetos encontrando-se em órbitas instáveis, onde o ligeiro aumento da gravidade entre eles poderia dar-lhes um “empurrão”, que ao longo do tempo poderia ocasionar a saída deles do Sistema Solar por completo ou mudança para órbitas de outros objetos ou planetas.
Em uma escala maior, a remoção do Sol também excluiria o seu campo magnético protetor de todo o nosso sistema solar. Este campo, conhecido como heliosfera, nos protege de uma grande quantidade de radiação e partículas externas ao Sistema Solar, desviando-os para longe.
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