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27 curiosidades sobre o Oscar

EDIÇÃO: JOÃO PINHEIRO
A noite do último domingo foi agitada. Superproduções, estrelas, tapetes vermelhos, prêmios brilhantes! O Oscar é um prêmio entregue anualmente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood desde 1929.

A edição de 2016, realizada no Teatro Dolby, em Los Angeles, EUA, apresentou algumas surpresas, a tão esperada estatueta de Leo DiCaprio e memes a respeito da transmissão. Mas o evento luxuoso que conhecemos hoje começou como um pequeno evento para cerca de 250 pessoas. Descubra algumas outras curiosidades sobre esse evento. Veja só!


O Oscar chegou a sua 88ª edição cercado de místicas. São grandes vencedores, perdedores e lendas que, junto com o cinema, foram fomentadas em volta da estatueta dourada. Enquanto algumas já são bem conhecidas pelo público geral, há números e curiosidades que a maioria de vocês provavelmente nunca ouviu falar. Selecionamos algumas para você conferir.


A primeira cerimônia do Oscar, realizada no Hollywood Roosevelt Hotel, não foi exatamente um sucesso. Apenas 270 pessoas compareceram e a “noite” de premiações, na verdade, durou 15 minutos. Naquele ano, a entrada para a cerimônia custava 5 dólares, o que equivaleria a 65 dólares de hoje.


O nome oficial do Oscar é Prêmio de Mérito da Academia. A versão mais popular para o origem do nome da estatueta é a que concede a autoria dele à secretária da Academia, Margareth Herrick, que ao vê-la comentou que parecia muito com seu tio Oscar, comparação ouvida por um jornalista presente no momento, que a publicou em seu jornal. Outra versão dá conta que a atriz Bette Davis o teria apelidado assim, devido à semelhança com seu primeiro marido.


O primeiro Oscar da história foi entregue ao ator Emil Jannings, que estava de mudança para a Europa e, por isso, não compareceu à cerimônia, recebendo a estatueta com antecedência.


Oscar Hammerstein II foi o único homônimo da premiação a vencer. Foram duas estatuetas de Melhor Canção Original, por Se Você Fosse Sincera [1942] e Corações Enamorados [1946].


A atriz Meryl Streep é a intérprete com o maior número de indicações: são 19 em 37 anos de carreira em Hollywood. Infelizmente, ela também é uma das maiores perdedoras, já que levou a estatueta de ouro para casa em apenas três dessas ocasiões [1979, 1982 e 2011]. Katherine Hepburn é a atriz que mais faturou estatuetas, levando quatro Oscar para casa.


Na história, entretanto, a pessoa que mais acumula indicações é o finado Walt Disney, com 59 indicações e 26 vitórias. Depois dele, o compositor americano John Williams já concorreu à premiação em 49 indicações, mas possui um retrospecto ainda pior que o de Meryl Streep: ganhou em apenas cinco oportunidades.



Três filmes possuem o recorde de mais estatuetas em uma única edição: Ben Hur [1959], Titanic [1997] e Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei [2004]. Todos eles levaram 11 prêmios.


O número 11 se repete novamente entre os longas mais “perdedores” da premiação. Tanto Momento de Decisão [1978] quanto A Cor Púrpura [1986] lideraram indicações em seus anos, mas acabaram com as mãos abanando.


Jennifer Lawrence, aos 23 anos, é a atriz mais jovem a conseguir quatro indicações ao Oscar de Melhor Atriz. Ela também é intérprete feminina com menos idade a receber uma estatueta em tal categoria.


Entretanto, a estrela mais jovem a conquistar o Oscar é a atriz Tatum O’Neal, que foi premiada como Melhor Atriz Coadjuvante no filme Lua de Papel [1973], quando tinha apenas dez anos.


A primeira atriz a ganhar dois Oscars consecutivos foi Luise Rainer e o primeiro ator, Spencer Tracy.


Mestres do cinema como Stanley Kubrick, Charles Chaplin, Orson Welles, Jean Luc-Godard e Alfred Hitchcock nunca levaram a estatueta para casa.



Os países que mais ganharam Oscar de melhor filme estrangeiros foram, pela ordem, Itália, França, Espanha e Japão.


O único Oscar que o Brasil ganhou foi para a França. O diretor do premiado Orpheu Negro, de 1958, era francês e a produção foi feita em conjunto com Brasil, Itália e França.


O filme do brasileiro Walter Salles, Diários de Motocicleta [2004], ganhou o Oscar de melhor canção original com Al Outro Lado Del Río, composta por Jorge Drexler. Como Drexler é uruguaio, o Oscar também não veio para o Brasil.


Para concorrer à estatueta, o filme precisa ter mais de 40 minutos e ser exibido em uma sala comercial na cidade de Los Angeles. A produção precisa ainda ficar sete dias consecutivos em cartaz. E nada de inscrever filmes feitos há anos: só são aceitos longas com estreias entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano anterior à cerimônia.


Filmes produzidos fora dos Estados Unidos e que não sejam em inglês, concorrem na categoria Melhor Filme Estrangeiro. Para entrar na votação, a produção precisa estrear até outubro em seu país de origem e apresentar legendas em inglês.


Todas as categorias possuem, no máximo, cinco indicados — com exceção de melhor filme, que desde 2012, permite ter até 10 filmes indicados.


A Academia que decide qual categoria o ator/atriz principal ou coadjuvante vai concorrer. E não tem nenhuma relação com a quantidade de cenas em que ele aparece. Simplesmente decisão dos membros: se eles acharem que o profissional se encaixa como coadjuvante, ele será indicado nessa categoria.


São mais de 6 mil membros que compõem a Academia. Para 2017, a votação já irá apresentar algumas mudanças. Depois das críticas por não haver indicados negros pelo segundo ano consecutivo, a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, se comprometeu a aumentar a diversidade de seus integrantes.


A votação acontece em duas etapas: primeiro os membros votam de acordo com sua especialidade, além de apontar o que consideram o melhor filme e, na segunda etapa, os participantes recebem as cédulas com todas as categorias pelo correio.


Um Oscar pode valer muito dinheiro no mercado, certo? Errado! Desde 1950, os vencedores são obrigados a assinar um acordo que os fazem primeiramente oferecê-lo à própria Academia por 1 dólar, ao invés de colocá-los em leilão. Caso não concorde com a regra, não pode levar a estatueta para casa. Caso a estatueta seja perdida, pode ser trocada por uma substituta.


Toda a produção das estatuetas demora um mês para ser finalizada. Elas são polidas, moldadas e finalizadas pela Chicago’s R.S. Owens & Company. Ela mede 43 cm, pesa quase 4 quilos e é banhada a ouro 24 quilates.



Durante a Segunda Guerra Mundial, a falta de fontes de metal fez com que as estatuetas entregues durante a premiação fossem feitas de gesso. Anos depois, os Oscar foram substituídos pelas tradicionais peças metálicas.


Desde 2010, o discurso da vitória do Oscar possui um limite de 45 segundos. Mas Alfred Hitchcock foi o pioneiro em discursos-relâmpago ao receber o prêmio Irving Thalberg por excelência criativa, em 1968. Ele subiu ao palco, recebeu o troféu, disse “muito obrigado” e foi embora. Alguns dizem que o ato foi uma represália ao fato dele nunca ter ganhado o prêmio de Melhor Diretor nos anos anteriores.


O discurso mais longo do Oscar foi da atriz Greer Garson, que levou sete minutos para agradecer a todos pelo prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante de 1934.


Entre os discursos mais duvidosos, a cantora Cher [O Feitiço da Lua, 1987] agradeceu seu cabeleireiro, Roberto Benigni [A Vida é Bela, 1997] agradeceu à “pobreza infantil” e Maureen Stapleton [Reds, 1981] agradeceu a “todas as pessoas que eu já conheci na minha vida inteira”.



Marcado pela polêmica da falta de artistas negros entre os indicados, o Oscar em 2016 teve algumas surpresas, como a vitória de Spotlight como melhor filme, e Mad Max levando seis estatuetas. Mas o ponto alto da cerimônia foi a vitória de Leonardo DiCaprio na categoria de melhor ator por seu papel em O Regresso. Preterido em ao menos cinco outras ocasiões em que teve atuação impecável — principalmente sob a direção de Martin Scorcese —, o ator se dirigiu calmamente ao palco, e discursou sobre aquecimento global.

COM TRECHOS DE: MEGA CURIOSO, MAIS QUE CURIOSIDADES, EGO, GQ, EL PAÍS
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