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#SériePaíses: Finlândia

João Pinheiro
Hei! [?] Estamos próximos do Natal e, por isso, a #SériePaíses traz um post especial, mostrando um pouco da terra do Papai Noel. Pois é, essa é a Finlândia, uma terra de belezas naturais e tecnologias. Veja só!


A Finlândia, um país de florestas e lagos, é provavelmente mais conhecida pela sua beleza natural, bem preservada. No extremo norte do país, no Verão, o sol não se põe durante quase dez semanas, são as chamadas “noites brancas” ou “sol da meia-noite”. Por sua vez, durante o Inverno, passam-se quase oito semanas sem que o sol se vislumbre no horizonte.

Um pouco da Finlândia


Finlândia [em finlandês Suomi // em sueco Finland] é um país nórdico situado no norte da Europa. Faz fronteira com a Suécia a oeste, com a Rússia a leste e com a Noruega ao norte, enquanto a Estônia está ao sul através do Golfo da Finlândia.

A capital do país é Helsinque. Cerca de 5,3 milhões de pessoas vivem na Finlândia, sendo que a maior parte da população está concentrada no sul do país. É o oitavo maior país da Europa em extensão e o país menos densamente povoado da União Europeia.


A língua materna de quase toda a população é o finlandês, apenas uma das quatro línguas oficiais da UE que não são de origem Indo-Europeia.
↪ A segunda língua oficial da Finlândia — o sueco — é a língua nativa de 5,5% da população...

O país foi uma parte da Suécia e em 1809 um Grão-Ducado autônomo dentro do Império Russo. A Declaração de independência da Finlândia foi feita em 1917 e foi seguida por uma guerra civil, guerras contra a União Soviética e a Alemanha nazista e por um período de neutralidade oficial durante a Guerra Fria.

A Finlândia é um país desenvolvido, muito bem colocado nas mais diversas comparações socioeconômicas internacionais, cuja população usufrui de um altíssimo nível de desenvolvimento humano, refletido pelo país possuir alguns dos melhores índices de qualidade de vida, educação pública, transparência política, segurança pública, expectativa de vida, bem estar social, liberdade econômica, prosperidade, acesso à saúde pública, paz, democracia e liberdade de imprensa do mundo.

As cidades do país também estão entre as “mais habitáveis” do mundo, figurando entre as mais limpas, seguras e organizadas do mundo. Em 2009, o país foi classificado na 1ª posição do Índice de Prosperidade Legatum, que é baseado no desempenho econômico e na qualidade de vida.

Norte congelado


A Finlândia situa-se no Norte da Europa. Um quarto da sua superfície situa-se a Norte do Círculo Polar Árctico. Os países vizinhos são a Suécia a Oeste, a Noruega a Norte, a Rússia a Leste e a Estônia, na margem Sul do Golfo da Finlândia.

A paisagem da região Norte, a Lapônia finlandesa, é caracterizada pelos seus montes com uma forma arredondada.

A Finlândia é, juntamente com a Islândia, o país mais setentrional do mundo. Mesmo que a Rússia, a Noruega e o Canadá se estendam um pouco mais para o norte, a distribuição geográfica e populacional dos mesmos países concentra-se mais para o sul, quando comparados com a Finlândia.

Entre as capitais do hemisfério norte, só a capital da Islândia, Reykjavík, é que fica localizada mais a norte do que Helsinki [capital finlandesa]. Mesmo assim, a Islândia não tem extensão territorial ao norte do Círculo Polar Ártico.

Ela é justamente conhecida como um país de florestas, as quais, ocupam cerca de três quartos da superfície do país, que é de 338.000 km². Outras características da Finlândia, são os seus milhares de lagos [o número total é 187.888] e quase igual quantidade de ilhas [cerca de 180 mil].

Os lagos e os cursos d’água cobrem 10% do território nacional. O principal arquipélago, Åland, situa-se junto à costa sudoeste, enquanto que a principal região dos lagos, cujo núcleo é constituído pelo Lago Saimaa se situa no Leste do país.

Åland, a Suécia finlandesa


Åland [em finlândes Ahvenanmaa] faz parte da Finlândia, e possui o estatuto de região autônoma, com bandeira e selos próprios. Os residentes de Åland têm também passaporte próprio. É um arquipélago ligado à Suécia tipicamente, mas que pertence à Finlândia geograficamente.

O arquipélago de Åland, com cerca de 26.000 habitantes, é constituído por 6.500 ilhas e recifes e está situado no Mar Báltico entre a Finlândia e a Suécia. A região tem poderes legislativos e funciona quase como um país independente.

Entre os anos de 1917 e 1921, os residentes da Åland queriam ver o seu arquipélago novamente anexado ao antigo reino da Suécia. A recém independente Finlândia não queria perder a região e sugeriu que lhe fosse atribuído o estatuto de região autônoma, mas os naturais das ilhas não queriam aceitar tal decisão.

A questão foi levada à Liga das Nações, que decidiu em 1921, em Genebra, que o arquipélago fazia parte da Finlândia, mas que lhe seria concedida a autonomia. A Finlândia garantiu que Åland tivesse direito em manter o sueco como língua oficial, bem como a sua própria cultura, hábitos e costumes.

Povo Sami, os indígenas finlandeses


Os “lapões” [ou “sami”, como são denominados nos países nórdicos] caracterizam-se como um povo indígena, muito à semelhança dos esquimós [Inuit] da América do Norte, os aborígenes da Austrália e os índios brasileiros.

Os sami têm uma cultura própria e distinta das outras culturas nórdicas. Podemos encontrar evidências quanto à origem dos sami, numa carta enviada por um viking, ao rei Alfred da Inglaterra, no final do século IX.

A carta narrava o modo de vida dos lapões, que migravam no Verão, para as regiões litorais, com as suas renas que eram a sua base de subsistência. Ainda mais antiga, é a referência do autor Tácitus sobre os “scritofinni”, o povo que anda de esqui.

Nos países nórdicos vivem menos de 100 mil lapões, dos quais 4.500 a 6.500 na Finlândia. A incerteza dos números reside no fato de que falta uma definição precisa sobre quem deve ser considerado sami.

Os sami falam uma variedade de nove idiomas correlacionados. Estas variedades do idioma sami pertencem à mesma família idiomática do finlandês, estoniano, húngaro e do samoiedo, sendo que se encontra mais próximo dos dois primeiros.

Em 1995, a constituição finlandesa foi alterada, no sentido de possibilitar um fortalecimento das garantias para os direitos do povo Sami, no contexto de uma reforma das cláusulas constitucionais sobre os direitos fundamentais.

As alterações reconhecem o estatuto aos Sami, de um povo indígena, com o direito de manter e desenvolver a sua própria língua e cultura. Estas alterações garantiram igualmente a autonomia cultural Sami, relativamente à língua e cultura dentro do território definido como pátria Sami. Estas cláusulas permaneceram inalteradas na nova constituição finlandesa, a qual entrou em vigor no dia 1 de março de 2000.

No início de 1996, o Novo Parlamento Sami [Sámediggi] foi constituído através de decreto parlamentar, como corpo representante do povo Sami.

As eleições para o parlamento Sami são feitas a cada 4 anos. O parlamento Sami é constituído por 21 deputados Sami e 4 substitutos eleitos pelos próprios Sami.

A “autogovernação” cultural dos Sami, garantida constitucionalmente, é exercida através do parlamento Sami. Este órgão é responsável pela manutenção da cultura e línguas Sami e de certos deveres referentes ao estatuto dos Sami, como povo indígena. O parlamento Sami tem o poder de estabelecer a verba contemplada no orçamento nacional e que é destinada ao benefício da cultura e organizações Sami.

A bandeira é sem dúvida o símbolo nacional mais visível dos Sami. A bandeira foi aceita mediante um concurso realizado na 13ª Conferência Nórdica do povo em Åre (Suécia), em 1986. Foi desenhada pela artista Astrid Båhl e foi inspirada no tambor das bruxas dos Sami e no poema do poeta Sami Anders Fjellner, “Páiven párnéh” [“Os Filhos do Sol”]. O círculo da bandeira simboliza o sol [vermelho], a lua [azul] e as cores dos Sami, vermelho, verde, amarelo e azul.
↪ Saiba mais sobre os Sami no artigo de Ioli Campos. Clique aqui para ler...

Uma cidade chamada Nokia


O volume de negócios da empresa internacional Nokia atinge os bilhões. Esta companhia emprega dezenas de milhar de trabalhadores espalhados por mais de cem países. O seu sucesso encontra-se enraizado na Finlândia, numa pequena cidade chamada Nokia.


A frase “Connecting People” é mundialmente conhecida. A Nokia emprega mais de 50.000 trabalhadores em 120 países. É uma das marcas de maior renome mundial.

É de conhecimento geral que são números impressionantes e que se trata de uma história de grande sucesso, mas poucos sabem que este sucesso tem raízes numa pequena cidadezinha situada no sudoeste da Finlândia, onde um engenheiro de minas, Knut Fredrik Idestam, fundou uma fábrica de pasta mecânica de trituração em 1865.

A pequena comunidade industrial deu origem a uma companhia internacional de sucesso. A municipalidade cresceu e deu origem a uma cidade. A história empresarial finlandesa foi construída pelas mãos dos habitantes locais que trabalharam na produção de borracha, pasta mecânica, e nas fábricas de papel.

Nokia é o nome da cidade. Este é o local que deu origem ao nome de marca da empresa.

Terra de pássaros raivosos


É impossível falar de jogos para celulares sem se lembrar de Angry Birds, sucesso absoluto da plataforma.

Os pássaros multicoloridos que saem em busca dos ovos roubados pelos porquinhos verdes, e devem destruir construções e plataformas, se tornaram símbolo para toda uma geração que aprendeu a jogar em telas de smartphones a tablets.

Primeiramente sendo vendido a menos de um dólar no sistema iOS, o título gerou nada menos que 350 milhões de downloads desde a época em que foi lançado. A Rovio, desenvolvedora finlandesa que estava prestes a falir quando lançou o jogo é agora uma das principais empresas do ramo no setor. O sucesso levou Angry Birds para 25 plataformas diferentes (consoles, portáteis), incluindo Facebook e Chrome.

Com uma cara um tanto infantil e uma jogabilidade que requer certa prática, Angry Birds é um jogo que agrada a todas a gerações. Mesmo assim, o lançamento não foi um mar de rosas. O número de downloads na App Store foi desanimador nos três primeiros meses.

A desenvolvedora investiu em campanhas para que o jogo fosse sucesso em lojas menores. E logo chegou em primeiro lugar nas App Store da Finlândia [seu país de origem], Suécia, Dinamarca, seguida pela Grécia e República Tcheca. Assim, o jogo já era vendido com certa cara de “sucesso” quando chegou aos servidores da Store norte-americana.


Hoje eles vendem mais de 1 milhão de produtos licenciados por mês, setor do qual a Rovio tira cerca de 40% da sua renda total. Segundo dados oficiais, as pessoas costumam gastar, em média, 300 milhões de minutos por dia para jogar Angry Birds. Agora, o estúdio estuda até propostas para transformar o jogo em uma adaptação para os cinemas.

A história da Rovio com Angry Birds mostra como é possível consolidar tanto uma marca quanto um produto em um mercado que nem bem existia — o de games no setor mobile.

Escritório do Papai Noel


Há pelo menos 300 anos as crianças de inúmeros países acreditam que o Papai Noel vive na Lapônia, no Círculo Polar Ártico. Mais precisamente nos arredores de Rovaniemi, cujo aeroporto é todo decorado com motivos que são a marca do seu habitante mais ilustre.

Destruída na Segunda Guerra, a cidade foi reerguida com linhas modernas que fogem aos padrões das cidades nórdicas.

Santa Claus Village fica a 11 km de Rovaniemi. O lugar não é muito grande, mas está bem arrumado. Logo na entrada você encontra diversas lojas vendendo peles, artesanato, casacos de raposa, roupas de lã. Existe um restaurante modesto, além de uma cafeteria.

O escritório do Papai Noel fica ao lado do correio, onde chegam mais de 600 mil cartas por ano. Só do Brasil, são cerca de 35 mil. Hoje o escritório está informatizado e também se comunica pela Internet, pelo endereço http://www.santaclaus.posti.fi/. No Natal, a pessoa que você indicar como destinatário receberá uma carta pessoal do Papai Noel. O serviço custa de US$ 5 a US$ 6.

Esse “post office”, tal como está, foi criado em 1996. O Papai Noel fica num ambiente que lembra as imagens que fazemos dele, sempre perto de uma lareira e sentado numa cadeira de balanço confortável. Ele recebe as pessoas isoladamente, como se fosse uma audiência papal. Durante esses encontros, conversa com o visitante sobre seu país de origem e sua família.

Embora seja um pouco mais alto e atlético do que a imagem tradicional, o profissional que encarna o Papai Noel tem talento. Fala inglês muito bem e tem grande capacidade de comunicação, envolvendo o interlocutor com facilidade.

Durante a audiência, o local é mantido em penumbra, e um fotógrafo com uma câmara digital acoplada a um computador registra o encontro. Antes de adquiri-la por US$ 15, o turista vê a imagem em um monitor de TV. Papai Noel não se mete no negócio, mas é proibido o turista usar a própria câmera.



>>> POR QUE A #SériePaíses?
A #SériePaíses, do Curioso e Cia., tem um básico motivo: abrir os nossos horizontes. Estamos tão acostumados com a rotina brasileira, com o nosso estilo de vida, com o modo de agirmos e vivermos em sociedade. Então por que não conhecer outros países e culturas totalmente diferentes? Essa é a nossa proposta!
Fonte: Wikipédia; Embaixada da Finlândia; CanalTech; Folha de S.Paulo
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