Os peixes bebem água?
João Pinheiro + fontes
Num primeiro momento, você pode responder que sim. Mas será mesmo que eles ficam bebendo a água em que se encontram? Se não quiser travar seu cérebro, descubra a resposta para essa #DúvidaCruel!
Beber não é bem o termo, pois eles praticamente não ingerem líquido. A pequena quantidade que entra pela boca vai para as brânquias, órgãos respiratórios onde também acontecem as trocas de água com o ambiente. Nos peixes de água doce, o líquido entra naturalmente no organismo, por osmose. Isso acontece devido à concentração de sais ser maior no corpo do peixe do que na água que o cerca [explicação abaixo].
Como absorvem muita água, eles possuem um rim bem desenvolvido, capaz de eliminar excessos. Já nos peixes marinhos, a tendência é inversa: o animal é que perde água para o ambiente e os rins são pouco desenvolvidos [justamente para evitar maior perda de líquido]. O excesso de sais é eliminado por meio de glândulas especiais localizadas nas brânquias. Para realizar todas essas funções, é fundamental manter uma boa circulação de água.
Por isso, depois da entrada do líquido, o peixe fecha a boca e pequenos ossos chamados opérculos obstruem a superfície das brânquias, também conhecidas como guelras. “Com esses orifícios fechados, cria-se uma pressão que impulsiona a água em direção aos filamentos branquiais, responsáveis pela retirada do oxigênio”, explica o biólogo Naércio Aquino Menezes, do Museu de Zoologia da USP.
O sangue flui nos vasos capilares localizados nas brânquias em sentido contrário ao da água. Essa contra-corrente faz o oxigênio passar para o sangue, enquanto a água absorve o gás carbônico. Após esse processo, que dura poucos segundos, o peixe abre os opérculos, eliminando a água. Por viverem em meio líquido, os peixes não precisam beber água para hidratar a pele, ao contrário dos animais terrestres.
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Por isso, depois da entrada do líquido, o peixe fecha a boca e pequenos ossos chamados opérculos obstruem a superfície das brânquias, também conhecidas como guelras. “Com esses orifícios fechados, cria-se uma pressão que impulsiona a água em direção aos filamentos branquiais, responsáveis pela retirada do oxigênio”, explica o biólogo Naércio Aquino Menezes, do Museu de Zoologia da USP.
O sangue flui nos vasos capilares localizados nas brânquias em sentido contrário ao da água. Essa contra-corrente faz o oxigênio passar para o sangue, enquanto a água absorve o gás carbônico. Após esse processo, que dura poucos segundos, o peixe abre os opérculos, eliminando a água. Por viverem em meio líquido, os peixes não precisam beber água para hidratar a pele, ao contrário dos animais terrestres.
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Fonte: Mundo Estranho