O que é o vírus Ebola?
João Pinheiro + fontes
O vírus Ebola vem assombrado o mundo atualmente, desde o início do surto desse vírus na África Ocidental, mais especificamente na Libéria, em Serra Leoa e em Guiné. Conheça mais sobre ele e o que pode causar!
A Febre Hemorrágica Ebola [FHE] é a doença humana provocada pelos vírus do Ebola. Os sintomas têm início duas a três semanas após a infeção, e manifestam-se através de febre, dores musculares, dores de garganta e dores de cabeça. A estes sintomas sucedem-se náuseas, vômitos e diarreia, a par de insuficiências hepática e renal. Durante esta fase, algumas pessoas começam a ter problemas hemorrágicos.
Se contraído, o Ebola é uma das doenças mais mortais que existem. É um vírus altamente infeccioso que pode matar mais de 90% das pessoas que o contraem, causando pânico nas populações infectadas.
O Ebola pode ser contraído tanto de humanos como de animais. O vírus é transmitido por meio do contato com sangue, secreções ou outros fluídos corporais.
No início, os sintomas não são específicos, o que dificulta o diagnóstico.
A África vive a pior epidemia do vírus Ebola da história, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
Com o aumento exponencial no número de casos de Ebola na África Ocidental, a organização médica internacional Médicos Sem Fronteiras [MSF] alerta para o risco de uma epidemia regional.
“O surto está fora de controle”, afirmou à BBC Brasil Mariano Lugli, diretor de operações do MSF na Suíça.
“Há um movimento constante e intenso de pessoas cruzando fronteiras nesta região e os casos estão se espalhando rapidamente para mais províncias e países”, explicou Lugli.
A doença já se alastrou para mais de 60 localidades diferentes na África Ocidental e ainda não atingiu seu pico.
“Em geral, isso deveria ter acontecido entre dois e cinco meses, mas é impossível prever especialmente porque agora há uma variante do vírus que causa febre hemorrágica e é muito perigosa", afirmou Lugli.
Até agora, 759 pessoas foram infectadas pelo vírus e 468 morreram. Segundo a Organização Mundial de Saúde [OMS], este é o maior surto de Ebola já registrado na história.
Conhecia todos eses fatos? Fique ligado no Curioso e Cia. Veja outros posts como esse ou sugira um outro por e-mail, por mensagens do Facebook, pelo Twitter com a hashtag #QueroVerNoCurioso ou pelo Ask.FM. Entra aí:
O vírus Ebola vem assombrado o mundo atualmente, desde o início do surto desse vírus na África Ocidental, mais especificamente na Libéria, em Serra Leoa e em Guiné. Conheça mais sobre ele e o que pode causar!
Se contraído, o Ebola é uma das doenças mais mortais que existem. É um vírus altamente infeccioso que pode matar mais de 90% das pessoas que o contraem, causando pânico nas populações infectadas.
A primeira vez que o vírus Ebola surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próxima ao Rio Ebola, que dá nome à doença. Morcegos frutívoros são considerados os hospedeiros naturais do vírus Ebola. A taxa de fatalidade do vírus varia entre 25 e 90%, dependendo da cepa.
“ Estima-se que, até janeiro de 2013, mais de 1.800 casos de Ebola tenham sido diagnosticados e quase 1.300 mortes registradas...”
Primeiramente, o vírus Ebola foi associado a um surto de 318 casos de uma doença hemorrágica no Zaire [hoje República Democrática do Congo], em 1976. Dos 318 casos, 280 pessoas morreram rapidamente. No mesmo ano, 284 pessoas no Sudão também foram infectadas com o vírus e 156 morreram.
Há cinco espécies do vírus Ebola: Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire, nomes dados a partir de seus locais de origem. Quatro dessas cinco cepas causaram a doença em humanos. Mesmo que o vírus Reston possa infectar humanos, nenhuma enfermidade ou morte foi relatada.
“Eu estava coletando amostras de sangue de pacientes. Nós não tínhamos equipamentos de proteção suficientes e eu desenvolvi os mesmos sintomas”, diz Kiiza Isaac, um enfermeiro ugandense. “No dia 19 de novembro de 2007, recebi a confirmação do laboratório. Eu havia contraído Ebola”.
Causas
— Na foto, descrição do “ciclo do Ebola”. Clique para ampliar [em inglês]
Agentes de saúde frequentemente são infectados enquanto tratam pacientes com Ebola. Isso pode ocorrer devido ao contato sem o uso de luvas, máscaras ou óculos de proteção apropriados.
Em algumas áreas da África, a infecção foi documentada por meio do contato com chimpanzés, gorilas, morcegos frutívoros, macacos, antílopes selvagens e porcos-espinhos contaminados encontrados mortos ou doentes na floresta tropical.
Enterros onde as pessoas têm contato direto com o falecido também podem transmitir o vírus, enquanto a transmissão por meio de sêmen infectado pode ocorrer até sete semanas após a recuperação clínica. Ainda não há tratamento ou vacina para o Ebola.
Agentes de saúde frequentemente são infectados enquanto tratam pacientes com Ebola. Isso pode ocorrer devido ao contato sem o uso de luvas, máscaras ou óculos de proteção apropriados.
Em algumas áreas da África, a infecção foi documentada por meio do contato com chimpanzés, gorilas, morcegos frutívoros, macacos, antílopes selvagens e porcos-espinhos contaminados encontrados mortos ou doentes na floresta tropical.
Enterros onde as pessoas têm contato direto com o falecido também podem transmitir o vírus, enquanto a transmissão por meio de sêmen infectado pode ocorrer até sete semanas após a recuperação clínica. Ainda não há tratamento ou vacina para o Ebola.
Sintomas
— Na foto, principais sintomas do Ebola. Clique para ampliar [em inglês]
A doença é frequentemente caracterizada pelo início repentino de febre, fraqueza, dor muscular, dores de cabeça e inflamação na garganta.
A doença é frequentemente caracterizada pelo início repentino de febre, fraqueza, dor muscular, dores de cabeça e inflamação na garganta.
Isso é seguido por vômitos, diarreia, coceiras, deficiência nas funções hepáticas e renais e, em alguns casos, sangramento interno e externo.
Os sintomas podem aparecer de dois a 21 dias após a exposição ao vírus. Alguns pacientes podem ainda apresentar erupções cutâneas, olhos avermelhados, soluços, dores no peito e dificuldade para respirar e engolir.
Os sintomas podem aparecer de dois a 21 dias após a exposição ao vírus. Alguns pacientes podem ainda apresentar erupções cutâneas, olhos avermelhados, soluços, dores no peito e dificuldade para respirar e engolir.
Surto de 2014
— Em destaque: Guiné, Serra Leoa e Libéria...
Até o dia 27 de julho, 729 pessoas já haviam sido infectadas pela doença, que até o momento havia atingido quatro países: Guiné [onde o surto teve início, em março], Serra Leoa, Libéria e Nigéria.
“O surto está fora de controle”, afirmou à BBC Brasil Mariano Lugli, diretor de operações do MSF na Suíça.
A equipe de Lugli lidera a assistência humanitária na região desde fevereiro. Com cerca de 300 profissionais em campo, a organização já atendeu cerca de 500 pacientes e está no limite de sua capacidade operacional.
A doença já se alastrou para mais de 60 localidades diferentes na África Ocidental e ainda não atingiu seu pico.
“Em geral, isso deveria ter acontecido entre dois e cinco meses, mas é impossível prever especialmente porque agora há uma variante do vírus que causa febre hemorrágica e é muito perigosa", afirmou Lugli.
Até agora, 759 pessoas foram infectadas pelo vírus e 468 morreram. Segundo a Organização Mundial de Saúde [OMS], este é o maior surto de Ebola já registrado na história.
“Os pacientes que sobrevivem são aqueles que naturalmente desenvolvem anticorpos contra o vírus, mas para isso é preciso tempo e isolamento”, explicou Lugli.
Estima-se que cada pessoa contaminada mantenha contato com ao menos outros 20 indivíduos, que também devem ser isolados e monitorados para controle do Ebola. Outro agravante comum é o descuido no manuseio de corpos de vítimas da doença.
Atualmente, o MSF é a única organização internacional humanitária atendendo vítimas do Ebola na África Ocidental. “Estamos no nosso limite. É urgente que mais atores internacionais competentes também apoiem na resposta ao surto”, afirmou Lugli.
- http://www.facebook.com/curiosocia
- http://twitter.com/curiosocia
- http://ask.fm/curiosocia
- blog.curiosocia@gmail.com
Fonte: Médicos Sem Fronteiras; Curioso.Blog; UOL