Vaticano, papas e suas curiosidades
Nesta semana, tivemos a triste notícia de que o Papa Bento XVI renunciará ao seu cargo no dia 28 deste mês. Essa notícia pegou de surpresa muitas pessoas de todo o mundo, inclusive membros da própria Igreja. Aproveitando todo esse enfoque que a mídia, o Curioso e Cia. trás um pouco desta pequena cidade-estado para vocês.
O pequeno estado do Vaticano foi criado em 1929 quando o papa Pio XI e o ditador Benito Mussolini assinaram o Tratado de Latrão que previa o Vaticano como um estado independente e o recebimento de uma indenização pela perda do seu território durante a unificação alemã e em contra partida, a Igreja Católica teve que abrir mão das terras conquistadas na Idade Média e também teve que reconhecer Roma como a capital da Itália.
O famoso rei dos francos, Pepino, o Breve, foi quem doou as terras do Vaticano, país governado pelo Papa, à Igreja em 756.
Em 1870, as tropas do rei Vítor Emanuel II entraram em Roma e incorporaram a cidade ao novo Estado. Em 13 de março de 1871, Vítor Emanuel II ofereceu como compensação ao Papa Pio IX uma indenização e o compromisso de mantê-lo como chefe do Estado do Vaticano, um bairro de Roma onde ficava a sede da Igreja. O papa porém, recusou-se a reconhecer a nova situação e considerou-se prisioneiro do poder laico. Além disso, proibiu os católicos italianos de votar nas eleições do novo reino.
Essa incômoda questão de disputas entre o Estado e a Igreja, chamada Questão Romana só terminou em 11 de fevereiro de 1929, quando o Papa Pio XI assinou o Tratado de Latrão com o ditador fascista Benito Mussolini, aceitando a proposta que anteriormente havia sido negada pelo Papa Pio IX, pelo qual a Itália reconhece a soberania da Santa Sé sobre o Vaticano, declarado Estado soberano, neutro e inviolável.
Algo pouco valorizado, mas muito interessante, é saber a origem das palavras, principalmente o nome dos países. O nome "Vaticano" é anterior ao Cristianismo e vem do latim Mons Vaticanus, ou seja, o Monte Vaticano.
Como já foi dito, o Tratado de Latrão deu origem ao Vaticano. Esse tratado, também chamado de Tratado de Santa Sé, e foi um dos pactos feitos a partir de 1929 pelo Reino da Itália e a Santa Sé, ou igreja católica.
Esse acordo foi ratificado em 7 de junho de 1929, e estabeleceu a soberania da Santa Sé no estado da Cidade do Vaticano, regulou a posição da Igreja Católica e a religião católica no Estado italiano e concedeu a propriedade territorial do Vaticano à igreja.
A Igreja Católica, que antes relutava, em 1929 aceitou as condições estabelecidas pelo Reino da Itália, por meio do Tratado de São João de Latrão, que criou um novo estado. Esse acordo foi assinado pelo ditador fascista Benito Mussolini, e pelo cardeal Pietro Gasparri.
Pode-se dizer que este tratado formalizou a existência do Estado do Vaticano, sob a autoridade do papa. Em contrapartida, a igreja teve que renunciar a territórios que havia possuído desde a Idade Média e teve que reconhecer Roma como capital da Itália.
O tratado foi incorporado à Constituição italiana em 1947, com a condição de que o papa deveria jurar neutralidade eterna em relação a assuntos políticos.
Anos depois da assinatura do tratado, as relações entre Vaticano e Itália começaram a perder forças, com a determinação de que o país se tornaria Estado Laico, respeitando a existência de outras religiões, além da católica, e também permitindo o divórcio.
O tratado foi modificado em fevereiro de 1984, quando a Santa Sé e o governo italiano firmaram alguns termos abolindo a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas, e tirando de Roma o título de cidade sagrada. Esta revisão, no entanto, manteve o Vaticano como estado soberano.
Mercúrio, nome de um Deus pagão, foi o primeiro Papa a trocar de nome e optou por João II. Depois dele, a prática foi recorrente para evitar que o nome do líder católico não fosse cristão. Quem escolhe o nome é o próprio Papa. Desde que a escolha começou a ser feita, João foi a opção mais realizada: 23 papas elegeram o nome.
A agenda de um Papa é bem movimentada: além de guiar de fiéis de todo o mundo, ele ainda é responsável pela administração da Igreja. Em outra palavras: precisa nomear bispos e cardeais, canonizar santos e resolver os “pepinos” rotineiros do Vaticano.
A casa onde o papa mora tem 5 mil quartos, 200 salas de espera, 22 pátios, 100 gabinetes de leitura, 300 banheiros e dezenas de outras salas destinadas a encontros diplomáticos. Esta não é novidade para quem leu o livro “Anjos e Demônios”, de Dan Brown. Além de todo esse espaço, os papas têm, desde 1506, um grupo de soldados especiais que fazem sua proteção, exército chamado Guarda Suíça. Mas há alguns requisitos para integrar esse time: é preciso ser homem, ter entre 19 e 30 anos, ter pelo menos 1,74 metro e ter nascido (como você deve ter imaginado) na Suíça.
No Vaticano, é feriado no dia em que o Papa foi eleito. Entre 2005 e 2012, esse dia foi comemorado em 19 de abril.
Bento XVI, eleito Papa em 2005, é apaixonado por gatos e tinha dois bichanos de estimação quando assumiu o papado. Teve de abdicar deles, já que animais não são permitidos no Vaticano.
Seu “governo” foi marcado por acusações contra a Igreja, mas Bento recebeu algumas homenagens inesperadas. Um ano após assumir, por exemplo, uma cervejaria na cidade de Tann, na Alemanha, criou uma bebida chamada Pabstbier, ou “cerveja do Papa”. No rótulo, há uma homenagem em seu nome: “Dedicada ao grande filho de nossa pátria, Bento XVI”.
Uma curiosidade sobre Joseph Ratzinger: embora ele não tenha carteira para dirigir carros, tem licença para pilotar helicópteros.
Surgimento do Vaticano
O famoso rei dos francos, Pepino, o Breve, foi quem doou as terras do Vaticano, país governado pelo Papa, à Igreja em 756.
Pepino, o Breve
Embora as biografias não apontem suas medidas, ele era considerado baixo. Daí o apelido “Breve”. Já Pepino era seu nome de verdade – e era bastante comum em sua família. Seu avô e tataravô também se chamavam assim e ele teve um neto, filho de seu filho Carlos Magno, que era conhecido como Pepino, o Corcunda. Este, apesar do problema na coluna, era descrito como um homem atraente e muito amável. Pepino, o Corcunda não chegou a virar rei (foi preterido por um irmão mais novo, batizado com o mesmo nome) e , depois de uma tentativa frustrada de golpe para chegar ao poder, teve de passar o resto da vida como um monge.
Essa incômoda questão de disputas entre o Estado e a Igreja, chamada Questão Romana só terminou em 11 de fevereiro de 1929, quando o Papa Pio XI assinou o Tratado de Latrão com o ditador fascista Benito Mussolini, aceitando a proposta que anteriormente havia sido negada pelo Papa Pio IX, pelo qual a Itália reconhece a soberania da Santa Sé sobre o Vaticano, declarado Estado soberano, neutro e inviolável.
O nome "Vaticano"
A raiz da palavra "Vaticano" é derivada do latim "vates", que significa "vidente, adivinho", que por sua vez é uma palavra emprestada do etrusco. Na verdade, a Colina do Vaticano foi a casa dos vates muito antes da Roma pré-cristã.
Vaticanus, também conhecido como Vagitanus, era um deus etrusco, que "abria a boca do recém nascido para que ele pudesse dar o primeiro grito, o primeiro choro", e seu templo foi construído no antigo local de Vaticanum. Era também o nome de uma das sete colinas de Roma onde se erguia o Circo de Nero. Lá São Pedro foi martirizado e sepultado para proclamar a sua devoção a Jesus Cristo.
O Tratado de Latrão
Esse acordo foi ratificado em 7 de junho de 1929, e estabeleceu a soberania da Santa Sé no estado da Cidade do Vaticano, regulou a posição da Igreja Católica e a religião católica no Estado italiano e concedeu a propriedade territorial do Vaticano à igreja.
A Igreja Católica, que antes relutava, em 1929 aceitou as condições estabelecidas pelo Reino da Itália, por meio do Tratado de São João de Latrão, que criou um novo estado. Esse acordo foi assinado pelo ditador fascista Benito Mussolini, e pelo cardeal Pietro Gasparri.
Pode-se dizer que este tratado formalizou a existência do Estado do Vaticano, sob a autoridade do papa. Em contrapartida, a igreja teve que renunciar a territórios que havia possuído desde a Idade Média e teve que reconhecer Roma como capital da Itália.
O tratado foi incorporado à Constituição italiana em 1947, com a condição de que o papa deveria jurar neutralidade eterna em relação a assuntos políticos.
Anos depois da assinatura do tratado, as relações entre Vaticano e Itália começaram a perder forças, com a determinação de que o país se tornaria Estado Laico, respeitando a existência de outras religiões, além da católica, e também permitindo o divórcio.
O tratado foi modificado em fevereiro de 1984, quando a Santa Sé e o governo italiano firmaram alguns termos abolindo a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas, e tirando de Roma o título de cidade sagrada. Esta revisão, no entanto, manteve o Vaticano como estado soberano.
Os Papas
Mercúrio, nome de um Deus pagão, foi o primeiro Papa a trocar de nome e optou por João II. Depois dele, a prática foi recorrente para evitar que o nome do líder católico não fosse cristão. Quem escolhe o nome é o próprio Papa. Desde que a escolha começou a ser feita, João foi a opção mais realizada: 23 papas elegeram o nome.
A agenda de um Papa é bem movimentada: além de guiar de fiéis de todo o mundo, ele ainda é responsável pela administração da Igreja. Em outra palavras: precisa nomear bispos e cardeais, canonizar santos e resolver os “pepinos” rotineiros do Vaticano.
Bento XVI
Bento XVI é o segundo na história a renunciar ao cargo.
Fonte: Superinteressante; Wikipédia; Site de Curiosidades; História do Mundo