Por que queijos suíços têm buracos no meio?
MEGA CURIOSO | EDIÇÃO: JOÃO PINHEIRO
Todos já viram ao menos uma vez aqueles queijos “aerados” suíços. Enfim, pesquisadores do país descobriram o porquê de haver aqueles furos no alimento. Descubra a resposta para essa #DúvidaCruel!
Após um século de estudos e pesquisas, o mistério dos buracos em certos queijos suíços, como Emmental e Appenzell, foi finalmente desvendado, anunciaram nesta quinta-feira as autoridades científicas da Confederação Suíça.
Os famosos “buracos” são causados “por pequenas partículas de feno que caem no leite durante a ordenha das vacas”, descobriram os pesquisadores do Agroscope [Instituto de Ciências dos Alimentos], em conjunto com os cientistas da Empa [Laboratório Federal Suíço para Testes de Materiais e Investigação].
Estas partículas emitem gases durante a fermentação, que depois formam os buracos no queijo, explica o instituto em um comunicado. Assim, o enigma dos buracos no queijo, que “fascina crianças e adultos”, foi finalmente solucionado, comemorou o instituto
Os buracos tendem a desaparecer quando o leite é extraído com técnicas mais modernas, constataram os pesquisadores. “É o desaparecimento da ‘ordenha tradicional’, sob o úbere da vaca, e substituída por técnicas mais modernas e mais higiênicas, o que está causando o desaparecimento dos buracos”, disse à AFP um porta-voz do Agroscope.
Segundo o Agroscope, em 1917, o americano William Clark publicou um artigo de revisão detalhado sobre a formação de buracos no Emmental. Neste artigo, Clark tentava explicar por meio dos conhecimentos da época o enigma da formação dos orifícios, defendendo a hipótese de que os furos se formavam através da ação do dióxido de carbono produzido pelas bactérias.
Os cientistas, que continuaram a questionar a origem desses buracos após Clark, descobriram que os queijos produzidos nos últimos 10 a 15 anos tinham menos buracos. Os pesquisadores do Agroscope passaram a questionar a mudança dos métodos de ordenha e a redução de micropartículas de feno e bactérias no leite.
Para confirmar a sua hipótese, eles observaram a formação desses buracos por um período de 130 dias, durante o amadurecimento, empregando aparelhos de radiologia, tais como a tomografia computadorizada.
“A ordenha tradicional no celeiro, com baldes abertos, foi substituída nas últimas décadas por sistemas de ordenha fechados”, explica o Agroscope, acrescentando que estas novas técnicas “também suprimiram completamente as micropartículas de feno no leite”.
Portanto, “há 'germes de buracos' dentro do queijo. É uma descoberta que foi feita completamente por acidente, como quaisquer grandes descobertas", concluiu o porta-voz do Agroscope.
O queijeiro sabe agora que, variando a dose de micropartículas de feno, pode virtualmente controlar o número de orifícios desejados nas suas produções. O queijo é um negócio sério na Suíça, onde a criação bovina é generalizada, favorecida pela paisagem montanhosa do país.
Em 2014, o consumo médio de queijo per capita anual na Suíça foi de 21,3 kg. Os queijos suíços representaram dois terços deste consumo.
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Todos já viram ao menos uma vez aqueles queijos “aerados” suíços. Enfim, pesquisadores do país descobriram o porquê de haver aqueles furos no alimento. Descubra a resposta para essa #DúvidaCruel!
Após um século de estudos e pesquisas, o mistério dos buracos em certos queijos suíços, como Emmental e Appenzell, foi finalmente desvendado, anunciaram nesta quinta-feira as autoridades científicas da Confederação Suíça.
Os famosos “buracos” são causados “por pequenas partículas de feno que caem no leite durante a ordenha das vacas”, descobriram os pesquisadores do Agroscope [Instituto de Ciências dos Alimentos], em conjunto com os cientistas da Empa [Laboratório Federal Suíço para Testes de Materiais e Investigação].
Estas partículas emitem gases durante a fermentação, que depois formam os buracos no queijo, explica o instituto em um comunicado. Assim, o enigma dos buracos no queijo, que “fascina crianças e adultos”, foi finalmente solucionado, comemorou o instituto
Os buracos tendem a desaparecer quando o leite é extraído com técnicas mais modernas, constataram os pesquisadores. “É o desaparecimento da ‘ordenha tradicional’, sob o úbere da vaca, e substituída por técnicas mais modernas e mais higiênicas, o que está causando o desaparecimento dos buracos”, disse à AFP um porta-voz do Agroscope.
Segundo o Agroscope, em 1917, o americano William Clark publicou um artigo de revisão detalhado sobre a formação de buracos no Emmental. Neste artigo, Clark tentava explicar por meio dos conhecimentos da época o enigma da formação dos orifícios, defendendo a hipótese de que os furos se formavam através da ação do dióxido de carbono produzido pelas bactérias.
Controlando o número de buracos
Os cientistas, que continuaram a questionar a origem desses buracos após Clark, descobriram que os queijos produzidos nos últimos 10 a 15 anos tinham menos buracos. Os pesquisadores do Agroscope passaram a questionar a mudança dos métodos de ordenha e a redução de micropartículas de feno e bactérias no leite.
Para confirmar a sua hipótese, eles observaram a formação desses buracos por um período de 130 dias, durante o amadurecimento, empregando aparelhos de radiologia, tais como a tomografia computadorizada.
“A ordenha tradicional no celeiro, com baldes abertos, foi substituída nas últimas décadas por sistemas de ordenha fechados”, explica o Agroscope, acrescentando que estas novas técnicas “também suprimiram completamente as micropartículas de feno no leite”.
Portanto, “há 'germes de buracos' dentro do queijo. É uma descoberta que foi feita completamente por acidente, como quaisquer grandes descobertas", concluiu o porta-voz do Agroscope.
O queijeiro sabe agora que, variando a dose de micropartículas de feno, pode virtualmente controlar o número de orifícios desejados nas suas produções. O queijo é um negócio sério na Suíça, onde a criação bovina é generalizada, favorecida pela paisagem montanhosa do país.
Em 2014, o consumo médio de queijo per capita anual na Suíça foi de 21,3 kg. Os queijos suíços representaram dois terços deste consumo.
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Fonte: Mega Curioso