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Qual é o ácido mais forte já conhecido?

MUNDO ESTRANHO | EDIÇÃO: JOÃO PINHEIRO
Dentre todas as substâncias conhecidas, os superácidos podem ser considerados os mais perigosos. Um deles, em especial, deve ser o mais evitado por todos. Veja só qual é o ácido mais forte já conhecido pelos químicos!


O ácido mais forte já conhecido é o fluorantimônico [HSbF₆], cuja acidez supera a mais alta encontrada na natureza — o ácido sulfúrico [H₂SO₄] — a 100%. A mistura do ácido fluorídrico [HF] com pentafluoreto de antimônio [SbF₅] é considerada a mais forte entre os superácidos e foi criada para reagir com materiais que outros não dão conta.

A concentração de um ácido é medida por meio da quantidade de íons do tipo H⁺, que iniciam as reações químicas com outras substâncias. O ácido fluorantimônico tem 20 quintilhões de vezes mais íons que o sulfúrico, porém, apesar desse “poder”, ele não é capaz de corroer tudo — já que a corrosão não depende da força, mas da interação química das substâncias. Uma coisa, porém, é certa: quando a corrosão ocorre, os danos são irreversíveis.

Outros ácidos perigosos:
Ácido fluorídrico [HF]: Como reage com vidro e metal, tem que ser armazenado em parafina ou em polímeros, como o teflon. Ataca o plástico, que ganha um aspecto aquoso; transforma o aço em gás e líquido; concentrado, pode superar 100°C e ferver o vidro derretido. No corpo humano, causa queimaduras; diluído, pode penetrar na pele, dissolvendo os ossos.
Ácido Sulfúrico [H₂SO₄]: O mais popular dos ácidos é usado na indústria e na produção de fertilizantes. A venda é controlada pela Polícia Federal. Concentrado acima de 40%, derrete o plástico; no aço, forma uma camada de ferrugem que impede que a corrosão continue; não reage com vidro. No corpo humano, concentrado acima de 15%, causa queimaduras graves e a desidratação dos tecidos.
Ácido Nítrico [HNO₃]: Ataca boa parte dos metais, menos os preciosos. Misturado à glicerina e ao ácido sulfúrico, forma o explosivo nitroglicerina. Aquecido a 90°C, faz o plástico virar líquido; o aço fica diluído na solução aquosa do ácido; não reage com vidro. No corpo humano, causa queimaduras e pode reagir com a pele, formando uma mancha amarela.



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Fonte: Mundo Estranho; Tibor Rabóczkay, professor titular do Instituto de Química da USP; Instituto de Pesquisa Tecnológica; Handbook of Corrosion Data, por Bruce D. Craig e David S. Anderson.
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