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10 invenções bizarras de grandes inventores

HYPESCIENCE | EDIÇÃO: JOÃO PINHEIRO
Ser inventor, como já mostramos, não é tarefa fácil. As ideias são tantas, que torná-las projetos eficientes fica complicado. Até mesmo os grandes inventores da história tiveram suas invenções inviáveis. Veja só 10 criações e projetos dos mais bizarros.


Quando você é um inventor, não pode simplesmente parar na sua primeira ideia. Isso seria como comer a primeira batatinha frita do pacote e esquecer do resto ou se contentar apenas com um quadradinho de uma barra de chocolate. E quem faz isso, não é mesmo?

Um inventor de verdade não pode deixar de ver novas oportunidades em lugares onde outros veem apenas banalidades triviais e cotidianas. Assim, ele cria uma outra coisa e depois outra e outra e assim por diante. Pode ser que nem todas elas funcionem e algumas podem acabar sendo significativamente mais bem sucedidas do que o resto, mas pelo menos viram assunto para conversa.

Confira as invenções mais bizarras que já passaram por algumas mentes brilhantes.

10. Nadadeiras de Benjamin Franklin


Benjamin Franklin tem uma longa lista de realizações em vários campos, então não deveria ser surpresa o fato de que ele era uma criança curiosa.

Na verdade, ele começou sua carreira como inventor aos 11 anos, quando criou um par de nadadeiras.

Franklin era um ávido nadador e estava procurando maneiras de melhorar a sua técnica. Sua solução foi um grupo de barbatanas de madeira que eram usadas nas mãos.

Em suas próprias palavras, “se assemelhavam a paletas de pintor e mediam 25 centímetros de comprimento e 15 centímetros de largura, com orifícios para os polegares. Elas não chegaram a cair no gosto popular, mas, de acordo com Franklin, as nadadeiras foram um sucesso porque melhoraram a sua velocidade. Infelizmente, elas também cansavam seus pulsos.

Franklin também tentou usar sandálias nos pés enquanto nadava, mas estas não se mostraram tão eficazes. Independentemente disso, Benjamin Franklin permaneceu um entusiasta da prática por toda a sua vida e não à toa foi incluído no Hall da Fama Internacional de Natação em 1968.

9. A besta gigante de Leonardo Da Vinci


Leonardo da Vinci conseguiu angariar uma boa reputação como inventor, apesar do fato de que a maioria de suas criações nunca tenham conseguido passar da fase conceitual e ficaram eternizadas apenas em desenhos e plantas.

Alguns desses projetos se tornaram bastante icônicos, apesar de nunca terem sido construídos — como suas suas várias máquinas voadoras.

O italiano também se interessou um pouco pela guerra. Ele projetou um veículo blindado semelhante a um tanque e uma ainda mais bizarra besta giganteuma espécie de espingarda com um arco e flecha acoplado em uma das extremidades e ativada por gatilho.

O desenho era semelhante ao de uma catapulta, mas numa escala imensa.

Essa pode ter sido uma das invenções mais práticas de da Vinci. O projeto usa seis rodas, a fim de garantir a mobilidade. Madeira fina foi utilizada para o arco em si, para manter a besta leve e flexível.

A única razão para a arma ter 25 metros de extensão era cumprir sua função de arma psicológica. Da Vinci considerava que intimidação era um componente vital do projeto; o objetivo da besta era assustar mais do que matar.

8. O detector de metais de Graham Bell


Além da realização notável de inventar o telefoneAlexander Graham Bell também criou um dos primeiros detectores de metal. Sua intenção era salvar a vida do presidente James Garfield.

Em 2 de julho de 1881, Garfield foi baleado em uma tentativa de assassinato. Médicos especialistas de todo o país emprestaram seus conhecimentos, a fim de recuperar a bala alojada no corpo do presidente. A maioria de suas sugestões envolviam enfiar alguma coisa pelo buraco da ferida e ir “cutucando” para tentar encontrar a bala.

Isso só piorou as coisas, fazendo com que uma infecção se propagasse. A contribuição de Bell consistiu em usar um dispositivo eletromagnético a fim de encontrar a bala. O detector emitia um campo electromagnético que seria perturbado pela presença de metais o que, por sua vez, causava um estalido.

O aparelho funcionou durante os testes, mas quando foi trazido para perto do presidente Garfield, começou a estalar por todo o corpo. Bell o levou de volta e fez mais alguns experimentos. Ele não encontrou falha alguma no dispositivo, mas quando trouxe de volta para perto de Garfield, o dispositivo apitou loucamente de novo.

A maioria dos historiadores modernos concorda que o dispositivo de Bell não funcionou porque ninguém percebeu que as bobinas de metal no colchão do presidente, uma inovação na época, estavam causando interferências no detector. Outros pensam que Bell só verificou o lado direito do Garfield por insistência do médico Doctor Willard Bliss — sim, o primeiro nome dele era realmente Doctor [bastante apropriado] — que alegava que é onde a bala estava e não queria ser contrariado.


7. O barco “teleautomaton” de Nikola Tesla


Apesar da profunda associação de Nikola Tesla com a eletricidade, ele também foi um pioneiro do rádio em um momento em que o público em geral ainda considerava essa tecnologia uma bruxaria.

Não há melhor exemplo disso do que uma convenção de 1898, no Madison Square Garden, onde Tesla apresentou a sua mais recente criação, um pequeno barco controlado por rádio.

Oficialmente chamado de “teleautomaton”, o design de Tesla tinha a intenção de mostrar sua nova patente, um “método e aparelho para controlar mecanismos de navios e veículos em movimento.

Ele tinha um pequeno leme, uma pequena hélice e duas antenas. Tesla conseguiu controlar o barco em frente a uma multidão perplexa.

As pessoas ficaram impressionadas com o que estavam vendo. Apesar dos esforços do cientista para explicar cientificamente o que estava acontecendo, o consenso geral da multidão era de que ele estava controlando o barco usando telepatia. Já outros sugeriram teorias ligeiramente mais plausíveis, como um macaco treinado secretamente pilotando o barco [??].

Sempre visionário, Tesla imediatamente viu a possibilidade de utilização do “teleautomaton” como uma arma. Ele planejava desenvolver uma versão submersível e vender a patente para o governo. No entanto, ninguém parecia compartilhar a visão dele. De acordo com físico, um funcionário de Washington com quem se reuniu “explodiu de tanto rir” quando confrontado com a ideia de veículos armados controlados por rádio.

6. A copiadora de James Watt


O nome de James Watt está fortemente ligado com uma coisa: o motor a vapor. No entanto, como uma das pessoas que deu início à revolução industrial, os esforços de sua vida não foram limitados a apenas uma realização.

Na verdade, Watt passou a maior parte de sua vida inventando. Como muitos outros, o talento e a visão dele não foram complementados por um senso de negócios muito aguçado e o inventor passou a maior parte de sua vida endividado, lutando para encontrar novos financiadores.

Uma das notáveis contribuições de Watt foi uma copiadora. Em 1780, ele inventou um dispositivo que era capaz de copiar documentos, pressionando-os em uma tira fina de papel, criando uma cópia invertida da parte de trás.

Era pequena, simples e portátil, e o princípio por trás dela ficou em uso até o aparecimento das fotocopiadoras modernas que usamos hoje. A copiadora foi um sucesso [opa, um projeto que funcionou ;D ], vendendo mais de 600 unidades no primeiro ano. Ela também foi um marco na vida profissional de Watt, quando ele finalmente começou a ganhar dinheiro com sua obra.

5. A água com gás de Joseph Priestley


Joseph Priestley era um renomado teólogo, filósofo e químico. Sua maior conquista veio quando ele descobriu o oxigênio, mas ele também descobriu outros gases — ou “ares”, como ele os chamava.

Mais tarde na vida, se tornou um pouco isolado pela comunidade científica por defender fervorosamente a existência do “flogisto”, o quinto elemento, num momento em que a teoria era obsoleta.

Mas antes de tudo isso, Priestley nos deu uma coisa que a maioria de nós ainda desfruta frequentemente: a água com gás.

Isso aconteceu enquanto Priestley estava vivendo ao lado de uma fábrica de cerveja e muitas vezes ia até o local para realizar experimentos.

Em uma ocasião, ele descobriu seu método de infusão de água com CO₂, suspendendo uma bacia de água acima de um barril de cerveja que estava fermentando. Então, descobriu que a água ganhou um sabor agradável e ácido.

No início, o pesquisador manteve a bebida frisante entre ele e seus amigos, porém criou uma teoria de que esta nova mistura poderia ser usada para tratar o escorbuto. A teoria estava errada, mas o segredo já havia sido revelado ao público. Em 1772, ele publicou instruções claras para a criação de água com gás em um artigo chamado “Directions for Impregnating Water with Fixed Air” [“Como impregnar a água com ar fixo”].

Priestley nunca procurou aprofundar a pesquisa ou monetizar sua descoberta. Assim, sobrou para Johann Schweppe [reconhece o nome?] elaborar um método comercialmente viável de produção de água gaseificada. Ele, então, fundou a Companhia Schweppes em 1783, que existe até hoje, e fez uma fortuna. Sobre essa história, você pode ler aqui!

4. O caldo em cubo de Justus Von Liebig


Atualmente considerado como um dos maiores químicos do século XIX, Justus von Liebig é um dos fundadores da química orgânica.

Quando não estava ocupado com isso, ele também revolucionou a agricultura por meio da identificação do nitrogênio como um nutriente essencial para as culturas, iniciando, assim, a indústria de fertilizantes.

E, quando ele não estava fazendo isso, inventou o caldo de carne em cubos. Pois é!

Depois de supostamente ter notado que os fabricantes de couro usavam apenas as peles dos bovinos e deixavam que a carne fosse para o lixo e apodrecesse, o engenheiro George Christian Giebert, que trabalhava na América do Sul, lembrou que Liebig já havia desenvolvido um método para processar a carne e estava à procura de uma oportunidade para iniciar um novo negócio. Foi assim que nasceu a Liebig’s Extract of Meat Company [Lemco], em 1864.

As intenções de Liebig eram bastante nobres. Quando ele originalmente desenvolveu a fórmula, em 1847, a tornou pública com a esperança de que alguém iria refinar o processo, reduzir o custo e fazer do extrato de carne uma alternativa viável para alimentar os pobres.

No entanto, quando Liebig começou a sua própria empresa, outros também começaram a vender suas próprias versões de “chás de carne” e referiram-se aos seus próprios produtos como o extrato de carne de Liebig. Eventualmente, Liebig teve que mudar sua marca para Lemco e, mais tarde, para cubos Oxo, que ainda estão disponíveis em lojas de supermercado no exterior.

3. A tabela de mortalidade de Edmond Halley


Edmond Halley foi um renomado astrônomo, físico e matemático que é lembrado hoje principalmente por ter calculado a chegada do famoso cometa que compartilha seu nome.

O que muitas vezes é esquecido é o seu excelente trabalho na ciência atuarial. Halley revolucionou o estudo da demografia ao trazer a primeira tabela de mortalidade [também chamada de tabela da vida] com base em dados demográficos precisos.

Não é inteiramente conhecido como, mas, em 1693, Halley obteve ou simplesmente recebeu dados demográficos não solicitadas da cidade de Breslau, atualmente a cidade polonesa de Wroclaw. O documento continha todas as mortes e nascimentos registrados na cidade ao longo de um período de cinco anos.

Usando essa informação, Halley criou uma tabela da vida, que mostrava a probabilidade de morte para cada respectiva faixa etária. Desde então, a tabela de Halley se tornou uma parte essencial do cálculo de rendas vitalícias.

Para ser justo, o trabalho de Halley foi precedido por outra tabela da vida criada 30 anos antes por John Gaunt e William Pett. No entanto, esta tabela era muito menos precisa e envolvia uma série de conjecturas. Foi baseada em Londres, na época uma cidade com uma grande população migratória e em expansão.

Também foi feita usando os números de mortalidade de Londres, registros que não especificavam a idade no momento da morte. Halley teve acesso a uma população relativamente estável, o que proporcionou melhores dados.

2. O piano elétrico de Walther Nernst


Walther Nernst era conhecido principalmente por seu trabalho em química, incluindo a terceira lei da termodinâmica, que lhe valeu o Prêmio Nobel de Química em 1920.

No entanto, em 1930 ele se juntou com duas empresas, Bechstein e Siemens, para criar algo completamente diferente, o Neo-Bechstein-Flugel, também conhecido como o primeiro piano elétrico do mundo.

Este piano não tinha caixa de ressonância e utilizava cordas muito finas e um pequeno martelo para criar música.

O grande piano digital Neo-Bechstein-Flugel veio num momento em que o rádio era a novidade do momento.

Não era incomum que ele fosse incorporado a todos os cômodas da casa. O instrumento também tinha um receptor de rádio e um aparelho de som embutido, e os três componentes poderiam ser operados em conjunto ou individualmente. Apesar de ser criado com tecnologia de ponta, era ainda mais barato do que um piano padrão.

Mesmo com todos os seus recursos, o piano foi um fracasso. Ele não recebeu as críticas positivas que seus inventores esperavam de pianistas profissionais. Isto, além de problemas financeiros da Bechstein, significou a retirada do piano do mercado, embora os princípios por trás dele ainda sejam encontrados em guitarras elétricas e pick-ups eletromagnéticas.

1. A boneca falante de Thomas Edison


Thomas Edison é considerado não apenas um inventor talentoso, mas também um habilidoso homem de negócios.

Ao contrário de muitos outros inventores, Edison fez uma fortuna com suas criações, porque sabia como encontrar um mercado lucrativo para os produtos.

E foi assim que uma pequena abominação nasceu. O fonógrafo criado por Edison foi um grande sucesso, então ele naturalmente tentou enfiar um em qualquer lugar possível; o resultado foi a “boneca fonógrafo”.

Bonecos falantes são assustadores, pura e simplesmente. Mesmo bonecas modernas podem ser aterrorizantes quando as baterias estão fracas e elas começam a falar do nada com uma voz lenta e demoníaca.

Então você pode imaginar o quão perturbadora é uma boneca falante de 120 anos de idade.

Para ser justo, nem todos os bonecos do inventor pareciam com alguém falando do além. Na verdade, apenas alguns anos atrás, um registro de metal de 123 anos de idade de uma boneca foi descoberto em condições relativamente boas.

Cada registro era único. Como não havia nenhum método de massa para duplicar gravações sonoras ainda, Edison contratava mulheres para recitar “Brilha, Brilha, Estrelinha” para cada um deles. Apesar dos grandes esforços de Edison, as bonecas foram um fracasso e só foram vendidos por algumas semanas em 1890.



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Fonte: HypeScience; Listverse
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